Água Profunda

O coração da República Pirata.

Água Profunda é a capital homônima da República Pirata de Água Profunda, localizada na Ilha Cega, também chamada de Ilha da Caveira da Morte. É um desenvolvido porto interno de difícil acesso, considerado "escondido demais" para um suposto estado mercantil. Para os capitães de Deepwater, entretanto, é tão fácil de alcançar quanto uma doca costeira ou, como diz o ditado, "o rastro de uma tartaruga-dragão".
Tem cerca de 2000 habitantes, sendo pelo menos dois terços dessa população efetivamente ligada à pirataria. Água Profunda foi fundada em 44 da 3E, tendo pouco mais de 200 anos de idade, sendo idealizada como um ponto de fuga para grandes mercadores e influentes figuras políticas que cobiçavam mais do que tinham em suas terras natais. Seus fundadores criaram a Velha Sombra, corpo que comanda de-facto a República, e que está viva até hoje.
A partir do segundo século da 3E, a República passou a caçar outros piratas, eximindo-se da responsabilidade de ataques diretos às nações de Ceres ou Leriones. Entretanto, devivo a um ataque lerionense a um de seus capitões em 227 da 3E, passaram a antagonizar suas forças militares. Essa dinâmica favoreceu a aproximação de Ceres e Deepwater, através do Thane Leho Müller.

Seções e características

Todo o litoral sul da Ilha Cega corresponde a uma falésia regular veiada por corredores de larguras e profundidade variadas, que levam a uma cratera de cerca de 1km de diâmetro, a 600m da costa, com profundidade variada. Essa cratera, conhecida como Olho do Pirata, é o resultado de um antigo conflito celestial da Interferência Divina.
As falésias estão cobertas por corais, e protegidas, também, por arrecifes. Chegar nas falésias já é extremamente complicado para um navegador que não é familiar com as formações locais. As artérias nas falésias também são perigosas e de difícil navegação, com correntes perigosas que continuam assim no Olho do Pirata. Essa combinação rendeu o apelido de Último Aviso para as formações que levam até Água Profunda.

Porto de Água Profunda

Quando a maré está cheia, a cratera, que possui de 1 a 2km de profundidade, é preenchida por água do mar, que escoa por túneis subterrâneos cuja formação é desconhecida. Com a maré baixa, a cratera fica apenas com 1/3 de seu volume de água e alguns dos túneis subterrâneos se tornam, na realidade, navegáveis. A cidade em si é contruída nas paredes da cratera. Tudo é aproveitado: restos de navios, docas, mastros com redes de um lado para o outro etc. Várias das docas criam um efeito espetacular com a maré baixa, já que parecem "dar para lugar nenhum". A cratera é alimentada não só pela água que vem das veias, mas também alguns desses túneis subterrâneos, que trazem águas de outro lado da ilha.
As veias do desfiladeiro que levam a água até a cratera são protegidas por comportas que, emergencialmente, podem conter o fluxo de água e, ao mesmo tempo, evitar a passagem de navios. Na realidade, na maré cheia o volume de água é tão grande que as comportas não podem evitar a passagem de água, e por isso são abertas de toda forma. Mas na maré baixa, apesar da cratera não ficar muito preenchida, as comportas garantem um nível de água adequado nas veias para que navios ali possam aportar, ainda que seja perigoso.

Bilgewater Cannal by Patrick Faulwetter

Outros preferem realmente deixar os navios na cratera. Se a maré baixar enquanto os navios lá estão, só é possível sair quando ela subir de novo. Uma operação meticulosa é necessária quando a maré baixa, para que o navio seja atracado corretamente com a âncora. Em caso de emergência, guindastes também estão posicionados ao redor da cidade.
No centro dessa cratera de água, diversos picos de largura variada se erguem, criando um aspecto labiríntico nas águas do entorno. As docas e abatedouros mais baixos desses pilares são submergidos na maré cheia, deixando apenas os estabelecimentos como bares e armazéns superiores acima do nível do mar. Com a maré baixa, as partes mais densas desses pilares cria hidrovias traiçoeiras que por vezes não permitem a navegação de embarcações maiores. Costumam ser escuras, com as pontas e cordas que ligam um pilar ao outro lançando sombras abaixo.

Favela das Barbatanas

Essa comunidade é a que fica nas habitações e estabelecimentos que foram feitos entre os pilares no centro do Olho do Pirata, bem acima do nível do mar mesmo em maré cheia, ainda que ocasionalmente alguns dos barracos mais baixos seja avariado. Muitos desses homens e mulheres trabalham nas docas submergíveis ou nos abatadouros. Moradores e trabalhadores dessas partes de Água Profunda costumam ser ocasionalmente atacados por ratos-do-mar quando a maré está baixa, criaturas ferozes que parecem um cruzamento entre ratos e piranhas, e que são do tamanho de gatos e cachorros.

Os Mastros

Os Mastros é como chamam os estabelecimentos, docas e habitações que predominam nas encostas do Olho do Pirata. Piratas e capitães mais ricos ficam por essas bandas, geralmente em restos de formidáveis navios lerionenses, cerianos e dalmascianos que foram adaptados para se tornarem tavernas. Há poucas "casas próprias" em Água Profunda; há uma abundância de tavernas, bares e alojamentos comunais, entretanto, e os marujos frequentam mais essa parte, longe do fedor e do trabalho árduo das docas e abatedouros.

Notas sobre arquitetura

Água Profunda não dispõe de grande abundância de materiais de mansonaria, o que significa dizer que muita parte de sua arquitetura é, de fato, improvisada. Restos de navios são frequentemente utilizados e, para carregá-los, guindastes das torres de vigia são empregados; há também mansonaria improvisada, cavernas acima do nível do mar, pontes de cordas, madeira e até torres caídas que servem de passagem precária.
Os portões das artérias são feitos de metal e madeira reforçada, e tem sua fronte esculpida, cada uma, à semelhança de três monstros do mar: o kraken, a tartaruga-dragão e a hidra. O outro único lugar que foi erguido com um projeto e propósito estético em mente foi a Quadra Vermelha, que é o equivalente a um pequeno palacete para o Rei Pirata e suas reuniões.
Quando os piratas chegaram aqui, entretanto, encontraram os restos de uma antiga civilização, talvez tritã, nas paredes da Cratera. Esses templos e cúpulas também foram inseridos na lógica improvisacional de Água Profunda; alguns tornaram-se bordéis, outros, residências, tudo ligado uns aos outros por passarelas de andaime e semelhantes.

Founding Date

44 3E

Founders

• Jack Rackam
• Savis Vahara

Nome(s) Alternativo(s)

Deepwater

Tipo

Town

População

De mil a dois mil (varia)

Localizado(a) sob

Ilha Cega

Dono/Governante

Velha Sombra

Ruling/Owning Rank

Rei Pirata

Organização Proprietária

República Pirata de Água Profunda

Artérias de Calisto

É assim que são referidos os únicos canais navegáveis que vem do Último Aviso. Eles não são lineares, muitas vezes cruzando outros. É difícil identificá-los para quem já não os conhece, já que há dezenas de canais vindo do paredão de rocha. As três artérias são protegidas por comportas que controlam a entrada e saída de navios no Olho do Pirata bem como tentam conter a água sempre que necessário.

Olho do Pirata

Uma cratera gigantesca com cerca de 2km de profundidade. Nela, há uma variedade de formações rochosas, como pilares, e túneis submersos que às vezes se tornam visíveis. Com a maré cheia, a maior parte da cratera enche, mas Água Profunda foi pensada para ficar, em sua maioria, acima desse nível de água. Com a maré baixa, docas submergíveis são reveladas, onde abatedouros correm contra os ciclos do mar para dissecar monstros gigantescos. Tanto entre os pilares quando nas paredes da cratera, Água Profunda se ergue.

Ponte das Cordas

Essa ponte liga os dois maiores pilares de rocha do Olho do Pirata. Ela é considerada informalmente a "entrada" da Favela das Barbatanas. A ponte é uma das únicas feitas de madeira, e é ornada com gaiolas, ganchos e bandeiras rasgadas pelo tempo. Recebe este nome porque os traidores de Água Profunda, e aqueles que quebram as Leis Pétreas, são aqui pendurados sempre que necessário. Às vezes, até a morte.

Abatedouros

Um Abatedouro é qualquer doca especializada no desmembramento de monstros do mar. Suas partes são refinadas e direcionadas para os mais diferentes intuitos; a carcaça é completamente aproveitada. Piratas de Água Profunda são responsáveis por um terço dos insumos arcanos que existem no nordeste centuriano e norte lerionense. A maior parte dos abatedouros ficam nas docas submergíveis da Favela das Barbatanas.

Casa Solar

O bordel da Marquesa fica numa conjunção entre os Mastros e a Favela das Barbatanas, sendo frequentado por todo tipo de gente. A maior parte de sua estrutura é um colossal man-o'-war que repousa acima de dois grandes pilares de rocha, mas mansonaria também foi improvisada para expandir essas proporções. O centro do bordel, uma taverna, possui um grande solar de vitral lerionense, roubado diretamente das tumbas de um antigo lorde do Sol Negro. Quando um pirata de Água Profunda precisa de informação sobre mercadores, tripulações, negócios obscuros, escoltas e tesouros, é à Casa Solar que ele vai.