Sargis
“Sem Sargis, não haveria Império de Ceres. Ou melhor: existiria fome no Império de Ceres. Mesmo sendo menos densa que a capital do reino enumiano, a cidade é onde está a verdadeira burguesia e, também, a verdadeira presença dos latifundiários. Por isso, é para mim e muitos outros o centro da corrupção política do império, e onde mais facilmente se observa a miséria ao lado da luxúria.”
— Ahmad Ichabod, Uma Perspectiva Ceriana, 788 2E.
A cidade de Sargis, chamada por alguns de Cidade Alta, é um assentamento vital para a relevância do Reino Enumiano no Império de Ceres. Em Sargis estava a elite latifundiária que dominava os campos monoculturais entre os rios Ciel e Triel. Tais campos produziam trigo e aveia suficientes para a maior parte do Império e, com facilidade, para todo o império ocidental. Com a queda da cidade na Terceira Divergência, os campos ficaram à mercê de hordas de mortos vivos e foram parcialmente destruídos pela queda do Aqueduto de Sargis.
A reconstrução da cidade foi finalizada em 234 3E e envolveu a purificação dos dois rios que a cercam no Interflúvio Acidentado por clérigos de Sarenrae. Mesmo meio século depois, Sargis jamais se recuperou do golpe que tomou. A grande cicatriz de onde o Verme Cinzento se ergueu, invocado pelo Culto dos Cem Olhos, ainda adorna o centro da cidade — mesmo com o recrutamento das tribos ashari para desfazê-la. Muralhas externas precisaram ser reconstruídas do zero. Com a destruição de muitos campos e famílias nobres, a região perdeu sua proeminência como produtora de grãos, apesar de ter democratizado as terras de maneira mais justa e coerente com a distribuição da população enariana.
Defesas
As muralhas de pedra possuem 5 metros de altura, chegando à 7 em sua seção sudoeste, na qual figuram grandes estátuas representando antigos campeões, heróis e santos enarianos. Dentro da cidade há um distrito central, fortificado, onde estão quatro importantes torres, cada uma um estabelecimento único, bem como o Salão de Beau, pequeno palácio do conde. Do distrito central, três muralhas perimetrais cortam a cidade, desenhando três grandes distritos. Uma dessas muralhas é o aqueduto, que sai pela parte oeste até o Rio Ciel.
Indústria
Não há muito desenvolvimento da indústria ou da magia em Sargis, exceto pela aplicação arcana à mecanismos tipicamente rurais, como moinhos de vento e água, e como fonte de captação de água do aqueduto. O mercado, entretanto, é bastante desenvolvido; além de ser uma parada quase obrigatória no coração enariano, mercadores de Sargis levam grãos em caravanas para toda a província.
Infraestrutura
Um grande aqueduto-arcano traz água do rio Ciel para a cidade. Estando em cima de um morro — ou melhor, no topo de um interflúvio — Sargis possui níveis inferiores que cavam a base de sua estrutura. A seção sudoeste, sul e leste da muralha é inteiramente estendida a partir da própria formação rochosa na qual está Sargis. Uma única estrada, pelo lado norte, leva à Estrada Dandeliana, que liga à capital todos os assentamentos enumianos, mas há três portões em Sargis, dois deles levando a estradas de barro que levam aos diminutos vilarejos submetidos ao domínio de alguns poucos latifundiários sargianos. O reino possui quatro grandes distritos, separados por muralhas-perimetrais que ligam os muros do distrito central à muralha externa: O Distrito dos Pátios, o Distrito das Ruas Curtas, o Distrito das Cores e o Distrito das Garras. Neste, está o Obelisco de Sargis, bem como as quatro grandes torres centrais da cidade e o Palácio de Beau.
Ativos
Em Sargis está o Mercado das Quinas, onde é possível encontrar a loja "Sapo Inchado", renomada como local especializado para obtenção e venda de itens para alquimistas e herbalistas. Além disso, também em Sargis está a sede da Guilda dos Artistas, situada no distrito central (Garras para o Céu), bem como uma série de outras sedes para guildas cerianas variadas. A ausência da guilda dos aventureiros é sentida, entretanto, apesar destes terem adquirido um salão que usam para encontros informais na cidade (Flecha Cruzada).
Guildas e Facções
A Guilda dos Artistas tem forte presença em Sargis, incentivada pela atividade do mecenato tanto por parte da burguesia quanto do grupo latifundiário, rural. Uma série de outras guildas estão presentes na cidade. A Guilda dos Trabalhadores e a Guilda dos Lutadores estão situadas na cidade, e guildas como a das Cortesãs, dos Músicos e dos Cavaleiros Redondos possuem sedes locais.
História
Sargis foi outrora um reino próprio, conquistado pela coroa enariana. Devido à sua posição estrategicamente defensiva e campos férteis estendendo-se a partir das colinas centrais para os rios, o plantio de arroz e trigo se tornou comum na região, fazendo a cidade prosperar e tornar-se uma parada mercantil obrigatória. Não demorou até a burguesia urbana começar a perder prestígio político para uma outra casta, a dos latifundiários, que mesmo estacionados fora da cidade propriamente dita conseguiam exercer pressão suficiente para virtualmente mandarem nas decisões estatais. Essa tensão inconciliável tem sido um problema em Sargis desde que Enari a conquistou: hoje, a burguesia extremamente fragilizada funciona mais como uma casta boêmia do que político-mercantil propriamente dita.
A destruição da cidade levou a uma crise de fome no Império Ocidental e, naturalmente, em todo o Império de Ceres. Nas capitais ela é pouco observada, mas assentamentos menores — em especial vilas e vilarejos — sentiram na pele o que significa perder o grande produtor de grãos cerianos. Foi em Sargis que o Culto dos Cem Olhos obteve maior influência, manipulado por Rona Melville para a criação de caos e desordem no interior do reino; Ília Raich e Arthur Abacaxi deixaram a cidade às pressas quando o Verme Cinzento foi invocado nos túneis de sua praça central.
Após os eventos da Terceira Divergência, Sargis foi reconstruída e viveu um vazio político pela soma de sua situação com a falta de um rei em Enari. A situação foi mitigada pela liderança da Senhora do Povo, até sua destituição em 241 3E. Em decorrência da Guerra das Guerras, a cidade perdeu repetidamente a chance de se reconstruir de fato, retornando a sua antiga glória. Após a grande guerra, surgiu em Sargis rumores de que um rei assassinado em 230 3E havia retornado para levar o povo b][enariano à grandeza.
Arquitetura
A arquitetura local mistura elementos luarianos em pedra com traços fierardi em estabelecimentos públicos, como sedes políticas, e mercantis, como tavernas. O distrito central, entretanto, possui design tipicamente fierardi nas quatro torres. O palácio, diminuto, mais se aproxima de uma mansão que palácio propriamente dito, e traz consigo elementos firmes, lisos, decorados apenas em alaberdas, calhas e gárgulas. O aqueduto em arcos intricados, entretanto, é definitivamente luari, com sua base de suporte compartindo câmaras, corredores e salas.
Geografia
Situada em um interflúvio, Sargis sobrevê duas descidas não-íngremes em direção aos rios Triel e Ciel. Não há florestas em seus arredores, exceto um pequeno bosque junto às muralhas norte. De seus morros e colinas, Sargis está aproximadamente 1000 metros acima do nível do mar.
Recursos Naturais
Há algumas veias de estanho nas colinas onde Sargis está situada, mas elas não são exploradas de forma vigorosa devido ao investimento total em seu potencial agronômico, que a tornou essencial para a produção de grãos no império ocidental.
RUINED SETTLEMENT
Reconstruído em Órion, 234 3E
Nome(s) Alternativo(s)
Cidade Alta
Tipo
Large city
População
9 mil
Gentílico dos Habitantes
Sargianos
Ruling/Owning Rank
Organização Proprietária
Personagens no Local
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