Os Fragmentos do Céu

O desejo divino do vencedor da Primeira Escolha, de conectar o Multiverso, teve diversas repercussões, tanto metafísicas, pois agora as Fronteiras passavam a existir, conectando o Multiverso como um todo; quanto sociais, pois agora os Mortais tinham acesso a outros mundos e culturas. Contudo, um subproduto desse desejo foi a criação dos Fragmentos do Céu.  

A Primeira Fronteira

Quando A Quebra ocorreu, as pessoas que estavam por perto puderam ver o céu rachar e seus “fragmentos” caírem no mar. Ali se instituía a primeira Fronteira, que conectava Domus e Faenaria. Muitas outras Fronteiras viriam a aparecer ao longo dos anos e das Eras, e apesar de sua manifestação ser sempre distinta, algo em comum sempre ocorria, ditos ‘fragmentos’ eram deixados para trás. Ainda durante a Primeira Era, por anos após A Quebra, os estudiosos se questionaram da existência desses fragmentos, se de fato eram algo encontrável, ou meramente um subproduto efêmero do abrir de uma Fronteira, e então, a essas relíquias deu-se o nome de Fragmentos do Céu.  

Relíquias de Poder

Fragmentos do Céu nada mais são do que a energia que constitui uma dimensão sendo materializada. Quando uma Fronteira se abre, ambos planos onde ela se abriu, se conectam, como uma espécie de porta. Esse processo é violento, e apesar de não haver ônus a nenhum dos planos, uma gigantesca descarga de energia ocorre no Mar Astral. Planos de Existência, em geral são selados como suas dimensões próprias, que pouco interagiam um com o outro antes d’A Quebra, mas após aberta uma Fronteira, eles passam a trocar energia. Os Fragmentos do Céu, são justamente esse “pedaço de dimensão” que foi quebrado para que ambas dimensões pudessem se conectar. Acontece apenas que nesse processo de quebra, partes são deixadas para trás, que se materializam e cristalizam como pedaços de vidro.   Os Fragmentos são caracterizados como Fragmentos do Plano para qual a Fronteira se abriu. No caso da Primeira Fronteira, entre Domus e Faenaria, em Domus caíram os Fragmentos de Faenaria, enquanto em Faenaria caíram os Fragmentos de Domus. Essas relíquias possuem tamanha energia inata, além da compreensão da mundana, que às vezes são capazes de criar suas próprias dimensões, ou destruí-las. Contudo suas propriedades variam imensamente, mas sempre possuem certa similaridade com seus planos de origem. Obter um Fragmento do Céu é obter parte do poder que um Deus dispõe.  

Posse

Apesar de incrivelmente poderosos, os Fragmentos do Céu não são facilmente localizáveis, eles movimentam pouco Fluxo e permanecem ‘adormecidos’ até serem manipulados. Os primeiros Fragmentos do Céu que se têm relato de serem vistos, sempre estiveram em posse de Entidades, e mesmo assim, mesmo para Entidades, utilizar do poder de um Fragmento do Céu é algo perigosíssimo, requerendo uma quantidade desproporcional de energia. Alguns Fragmentos do Céu já foram encontrados por mortais, e tantas guerras já foram travadas por causa deles, mas mortal algum jamais foi capaz de portá-los, isso até Dário, o Rei do Mar.  

Dário, Rei do Mar

Em 2426 da Terceira Era, um homem mortal encontrou e portou o primeiro Fragmento do Céu que se tem notícia do feito. Seu nome era Dário, ele era um pirata de Auros’Sar, e pelos próximos 2 anos, seus feitos com o Fragmento o conquistaram o título de Rei do Mar. Dário empunhou o Fragmento do Plano Elemental de Água, e o usou poucas vezes, mas até hoje ninguém jamais encontrou explicação de como um mortal conseguiu usufruir de tamanha energia. Contam as histórias e lendas que, com o poder do Fragmento, Dário alcançou os Reinos Divinos e de lá voltou; contam que ele enfrentou o Grande Elemental Primordial de Água, Caríbdis e o domou; contam que ele escapou de uma punição imposta por Oberon, Senhor de Faenaria; contam que ele enganou Ansu, e fez de si, imortal. A veracidade de um lenda é apenas comprovável pela própria lenda viva, o que jamais será possível, pois em 2468 da Terceira Era, Dário, Rei do Mar, desapareceu levando consigo o Fragmento do Céu que portava.  

Lascas

Desde Dário, nenhum outro Fragmento do Céu portado por um mortal jamais foi historiado, mas ao longo dos anos houve relatos sobre Lascas de Fragmentos. Muitas tentativas de criar uma Fronteira artificial foram feitos, quase todas falharam ou terminaram em tragédia, mas das poucas que se têm notícia de sucesso, Lascas de Fragmentos do Céu foram criadas. Objetos de grande poder, mesmo que não iguais a um Fragmento, Lascas conservam muito de suas características, possuindo um poder latente que se assemelha ao plano de onde ele foi ‘extraído’. Não há muito registro sobre Lascas de Fragmentos, e os que existem são pouco confiáveis, mas uma página de um antigo tomo na posse do celestial conhecido como Vergil, a Testemunha, constaria sobre alguns:  
  • Uma lasca, não se sabe de qual plano, está na posse de um autômato conhecido como M.D.K 42, em Instet. Ela é usada para movimentar e energizar todo um Reino Flutuante.
  • Uma lasca de Flésia encontra-se na posse da Corte de Sangue, no Reino Interno. Não se sabe como tal lasca foi empenhada até agora.
  • Diz-se que uma lasca do Sonhar foi utilizada por um Arauto de Fultras, Dreynor Hal, para forjar uma arma capaz de matar arautos, a Finda-Deuses.
  • Fincada em seu coração, jaz uma lasca de Celestia, que Amb’Has Zahl utilizou em seu ritual para reverter sua existência enquanto um Lich.
  • Uma nova lasca foi encontrada pela Guilda Baluarte de Altivus, em Auros'Sar. Ela é de um Mundo que existia apenas como teoria, o Mundo dos Espelhos.
Tipo de objeto
Unique Artifact