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Prólogo - A Noite em que nos Conhecemos - Parte I

General Summary

RELATÓRIO DE SESSÃO

Prólogo - A Noite em que nos Conhecemos - Parte I

23/04/1958

Narrador:
Em Belfast, Scarlett e Edward buscam por respostas. Ela quer saber a origem de um estranho ídolo de pedra, vendido no Mercado Negro. Ele quer entender o que são as anomalias registradas pela cidade.

Alex:
Eles chegaram por volta das 19:30, mais ou menos 20 minutos depois que ele entrou na casa. A garota usava trajes atípicos, arrisco dizer que ela significa problema (um palpite que se provou correto logo em seguida). O rapaz estava no carro, acompanhado e, ao julgar pela aparelhagem, ele devia ser um homem da ciência. Eles não sabiam o que estavam fazendo lá. Se soubessem, não teriam simplesmente batido na porta. Até achei que podiam ser contatos de IRA.

O Irlandês irritado atendeu a porta, e pela reação dele, eles (dentro da casa) ainda não tinham notado a presença do intruso. Ela falou, ele fingiu ouvir. BAM. Porta na cara. Sinceramente, o que ela esperava? Logo depois, o Irlandês ranzinza apareceu, mostrou os dentes (uma arma) como um cão raivoso, ladrou, ladrou e ladrou. BAM. A porta se fechou novamente. Devo dizer, achei que ele iria puxar eles para dentro e meter uma bala na cabeça de cada um. Acho que o chefe estava de bom humor naquela noite. Mas isso também não duraria muito tempo.

Então, frustrados, voltaram até ao carro. Eu os vi chegando ao mesmo tempo, mas não juntos. Por isso estranhei a interação. Pareciam se conhecer. Na janela do primeiro andar, um homem os observava. Ela, quando o percebeu, tirou algo da mochila (ver foto). Uma pequena (e bizarra) estatueta de pedra. Foi em vão, o homem já havia saído de lá. Junto ao carro, eles se puseram a tagarelar (AO LADO DA ENTRADA DA CASA DE UM BANDO DE IRLANDÊS MALUCOS E ARMADOS). Mas tudo bem, quem sou eu para julgar!

Joguei uma pedra na direção deles e pisquei minha lanterna em código Morse. Eles podiam não entender nada sobre as etiquetas investigativas, mas pareciam inteligentes o suficiente para entender Morse e se aproximaram. Trocamos nomes. Ela, Scarlett, ele, Edward. Os companheiros no carro (Kevin e Matthew) deram a volta na quadra, por motivos de segurança. Enquanto isso, nós três conversávamos.

Tyler Gress. Ela queria ver Tyler Gress. Mas eu (e minhas suposições) larguei o nome O’Neill gratuitamente na conversa. Ela, naturalmente, estranhou. Tyler, para registro, é um marinheiro mercante, sem qualquer relação com o IRA. E falando nos Patriotas Irlandeses, eu estava ali por eles. Segundo minhas fontes, o casarão na rua Bowell era um esconderijo do IRA. Em especial, o esconderijo de Gunter O’Neill e seus homens.

Devem imaginar minha cara de surpresa ao encontrar marinheiros Sul-Africanos em um local supostamente populado por membros do IRA. Aquilo estava ficando cada vez mais interessante. E bem, eu gosto de histórias interessantes e repletas de reviravoltas. Comentei com meus novos informantes (posso chamá-los assim?) que o IRA planejava um novo atentado, que O’Neill e seus homens estavam naquela casa. Eu nada sabia sobre os marinheiros ou estatuas de pedra.

O Cientista contou sobre suas pesquisas. Elas eram igualmente interessantes. Anomalias eletromagnéticas foram detectadas por toda Belfast. Essas anomalias tinham sido detectadas por ele na Alemanha, alguns meses atrás. Kevin, um amigo, notou as anomalias e informou Edward. Eles seguiram os rastros (com aquela aparelhagem cientifica deles) e (adivinhem só) a fonte devia ser ou estar no casarão da rua Bowell. E isso nos trouxe até um impasse. O que todos nós queríamos estava lá dentro e só havia um jeito de entrar: Invadir a casa como fizera o outro sujeito anteriormente.

A decisão foi unânime. Quando percebemos, já estávamos lá dentro, esgueirando-se pelas sombras. O andar principal estava vazio. Ouvimos passos abaixo, de alguém que saiu correndo do porão em direção aos andares superiores. Verificamos os cômodos, até chegar na garagem, onde tivemos de nos esconder. O intruso anterior havia sido descoberto e agora eles estavam buscando por nós. E com nós, me refiro a nós mesmo. Eles viram a encrenqueira e o sabichão antes. Se nos pegassem, seria nosso fim. BAM. Um tiro no meio da testa, e então nós seriamos a matéria de jornal de outra pessoa.

Por sorte, os caras eram imbecis o suficiente para averiguar porcamente o local. Eles apenas andaram, apontaram as lanternas e conversaram. Depois foram para fora fazer suas “rondas”. Abrimos a porta do porão e ouvimos grunhidos. Calculo que nosso “amigo” estava sendo torturado. Era arriscado descer, então decidimos subir.

No andar superior ouvimos barulho de música. Havia um escritório grande, mas decidimos não entrar nele. Então subimos mais um andar. O segundo estava vazio. Pareciam quartos. A suíte estava trancada, e nosso cientista sabichão garantiu que continuasse assim. Ao tentar arrombar a fechadura, ele quebrou a chave de fenda e emperrou a tranca. Nos outros dois quartos, não havia nada além de colchões e um homem dorminhoco, e cheiro de suor. Muito cheiro de suor. Por fim, subimos até o terceiro e último andar.

Lá haviam dois cômodos. Ambos trancados. Em um deles, ouvimos um homem ao telefone. Scarlett foi quem ouviu as conversas, me contentei em cuidar das escadas (mais tarde preciso saber o que ela ouviu). Parecia importante. Percebi que um deles estava subindo as escadas, rapidamente. Novamente, foi unânime. Era a nossa chance. Íamos pegá-los de surpresa. O homem ao telefone saiu do cômodo. Parecia com um... PADRE! Foi nosso primeiro encontro com Ele. O rapaz informou que estava na hora (mas na hora de que? Rezar o pai nosso? Quem dera fosse...). O rapaz recuperava o folego no corredor enquanto Padre entrava no outro cômodo.

(Para contextualização, devo comenter que, ainda lá em baixo, meus novos e peculiares “parceiros” construíram um silenciador caseiro e fizeram uma solução capaz de desacordar temporariamente uma pessoa. Gostei da ideia de desacordar, mas o silenciador estava fora de questão para mim. Matar alguém não estava nos meus planos. Eles demonstraram pouco caso sobre assassinato a sangue frio. Contestei, obviamente, mas ela contra argumentou que só usaria a arma em legitima defesa. O que fazia sentido, de certa forma, já que esses caras eram praticamente terroristas).

Nós nos preparamos rapidamente para a emboscado. Infelizmente o rapaz tinha ouvidos atentos e percebeu Scarlett se aproximando sorrateiramente dele. Ele sacou a arma, mandou ela parar, gritou pelo padre e... ZZZzzz. Ela foi mais rápida e enfiou o pano embebido em “sonífero” na fuça dele. Então rendemos o Padre. O cômodo era uma pequena capela. Haviam 4 cadeiras, um armário, um “altar”, um crucifixo e um COFRE. O Padre queria muito o que estava lá dentro. E seja lá o que fosse, os medidores de Edward mostraram que a fonte das anomalias estava ali, naquele cofre.

Prendemos eles no escritório (uma atitude estúpida, como logo iríamos descobrir). Novamente me contentei em cuidar das escadas enquanto Edward e Scarlett interrogavam o Padre e o rapaz. Passados quase cinco minutos, mais dois homens chegaram (provavelmente os mesmos que haviam “investigado” a garagem antes). Dessa vez foi mais fácil, pegamos eles de jeito. Trancamos eles na capela e roubamos o molho de chaves do Padre. Nosso objetivo agora era descer até o porão.

Aqui foi quando tudo foi por água abaixo. Primeiro, minha câmera caiu no corredor do primeiro andar. Depois, Edward rolou escada abaixo. Por fim, fomos pegos e rendidos. Scarlett escapou e se escondeu. Haviam 4 homens no cômodo, que saíram rapidamente de lá, com armas em punho. Não muito tempo depois, os homens que nós prendemos no terceiro andar estavam descendo as escadas. Acontece que prendemos o Padre em seu próprio escritório, sem nem ao menos vasculhar o lugar. Era óbvio que havia uma chave reserva lá. Alguns desceram, outros subiram. Dos que desceram, ouvi fortes gritos de agonia seguidos de “A GAROTA, A GAROTA!”. Acima, ouvi a porta emperrada sendo arrombada a força. Quando desceram, estavam armados com espingardas. É incrível. Basta um segundo de infortúnio para que o Caos tome conta de tudo.

Logo mais, o padre desceu. Ele usava um medalhão que não estava sob seu pescoço antes. Ele disse que estava cansado disso. Ouvi tiros lá em baixo, e gritos, parecia uma espécie de barganha. Então, um dos Irlandeses pegou Edward e o fez de refém. Não preciso dizer que Scarlett largou suas armas lá em baixo e se rendeu também. Eu, por outro lado, fui levado até o porão. Quando desci, pude ver 3 homens apontando armas para Scarlett e Edward, que estavam rendidos no chão. Tyler subiu.

No porão eu estava sendo amarrado a uma cadeira quando ele apareceu as costas de meu captor. BAM. Acertou em cheio. Meu captor caiu desmaiado ao chão. Seu nome era Aidan, e foi tudo que ele disse. Foi rápido. Ele estava suado e ferido. Ele apanhou um bocado. Mas seguia firme e forte. Ele não hesitou e matou o homem desmaiado. Em seguida, informei sobre a situação lá em cima. Nós atraímos um a um para a armadilha, ou melhor, para a morte. Aquilo foi... INTENSO.

Existe uma grande diferença entre ver um corpo morto e matar um homem. Posso não ter puxado o gatilho, mas foi quase como se fosse. Apesar da hostilidade com que fui tratado, não gosto da violência. Aidan tinha sangue nos olhos, e nas mãos. Aquilo parecia natural para ele. Devo dizer, fiquei com mais medo dele que de meus captores. Certamente prefiro ele ao meu lado do que contra mim. Ele parecia grunhir algo. “Olhe só onde ela foi em meter. Sabia que ela era problema! ”. O mais curioso, é que eu pensei a mesma coisa a respeito de Scarlett, entretanto, não acho que ele se referia a ela, sim a outra Ela..., mas quem?

Primeiro foi uma faca na garganta. Depois um tiro nas costas, depois um na cabeça. Então Aidan tomou a espingarda do morto, Scarlett pegou suas coisas. E quando finalmente nós nos agrupamos, a luz “caiu”.

Aidan:
Ficou tudo escuro. Completamente escuro. Eles devem ter apagado as luzes. Malditos bastardos. Eu havia acabado de carregar a espingarda e estava prestes a me mover quando, repentinamente, o flash de uma lanterna quase me cegou. A garota ao meu lado, Salete (acho que era Salete o nome dela), ficou temporariamente cega. Dois homens correram para a garagem, carregando tralhas nas cosas e nas mãos.

Foi tudo muito rápido. Eu disparei, eu errei. O professor falou algo, Salete atirou com seu arco. O Frajola correu até o corredor, e berrou, como se tivesse visto um fantasma. Senti minha espinha arrepiar. E então, eu vi! ERA SOMBRA PURA. Havia uma lanterna apontada diretamente para aquela coisa. DIRETAMENTE! Ainda assim tudo que podia ser visto eram SOMBRAS. Senti a adrenalina tomando conta de mim, eu nem pensei, apenas disparei, explodindo aquela coisa. A escuridão se dissipou, parecia queimar com a luz, então se desfez, e o corpo de um dos marinheiros caiu inerte no chão.

Então senti outro arrepio pelas minhas costas. No hall, Salete disparou contra aquilo, outro deles. A mesma coisa aconteceu. A luz aprecia queimar as sombras e novamente, quando se dissiparam, um homem morto caiu. Senti uma mão em meu ombro, me virei rapidamente e vi um velhote de batina e um estranho medalhão. Ele olhou fundo nos meus olhos...

Alex:
Ele se transformou em uma daquelas coisas bem na nossa frente. O Padre se apossou dele. Mas era o medalhão. O medalhão, de alguma forma, era o responsável pelas “sombras”. Aidan, tomado, literalmente, pela escuridão, se virou para nós. Não havia mais rosto, apenas sombras, mesmo com toda a luz apontada para ele. O Padre mandou, e ele obedeceu. O que mais temia aconteceu, aquele homem, vil e sem escrúpulos para matar, estava agora contra mim. Contra nós. Com uma espingarda nas mãos.... Senti a morte bem perto. Quase pude tocá-la!

Rewards Granted

Após completar o Prólogo, os Jogadores recebem 1 Progressão.

Missions/Quests Completed

No Prólogo não há missões. Ele serve de introdução para a Aventura.

Character(s) interacted with

INFO
Mestre: Franco
Jogadores:
Júlia como Scarlett
Vicente como Edward
Data: 21/06/2020
Hora: 9am ~ 18pm
Volume: I
Aventura: Uma Ode a Virtude da Loucura
Sessão: 1

Report Date
21 Jun 2020
Primary Location
Secondary Location

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Cover image: by Ylanite Koppens

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