S01E24 - O Templo Oculto de Caellor, Parte 2
General Summary
Já era dia quando o grupo chegou a Refúgio do Corvo, a cidadela protegida pela Senhora Válaris. Halberk usa seus contatos na cidadela para entrarem sem muito alarde e o elfo Kalarin é levado para uma estalagem, onde Latiffa Laqüiin passa a cuidar de seus ferimentos. Bastian e Vanael vão conversar com os guardas da cidadela para saberem o que se passa na região, haja visto os orcs mencionados pelos batedores de Halberk. No almoço, a voz da jovem barda que cantava chama a atenção de todos, em especial de um presepeiro guerreiro. Muriel e Q’Dor conversam com os sobreviventes do Bando de Stella, Tulius e Philion Aresius, descobrindo que talvez Philion seja o último sobrevivente do clã que Q’Dor servia. Porém, é logo depois do almoço que a Senhora Válaris vai recebê-los em sua casa, com Kalarin já em melhor disposição. Bastian fica estarrecido com a semelhança da Senhora do Refúgio com a finada Delyth, embora Válaris negue conhecê-la ou qualquer parentesco. Seu relato sobre o ataque dos orcs a Mae-Dringlor coloca a todos sob grande apreensão. Foram com o objetivo de raptar a princesa élfica lá refugiada, comandados por um sacerdote que mencionava drenar o poder mágico da princesa em dois dias, durante o Eclipse de Gamadis. Muriel reconhece a oportunidade de usar o eclipse da lua oculta para o ritual. Válaris menciona terem visto um grande grupo de orcs próximo às ruínas do Templo Oculto de Caelor, mas que precisaria reunir um exército entre as vilas da região para poderem atacar. Halberk lembra-se de uma passagem por uma antiga e abandonada mina anã que teria uma passagem para perto das ruínas do Templo. Vanael toma pela Guilda a decisão de irem pela passagem secreta, enquanto o exército comandado por Válaris tomaria de assalto a frente, causando a distração para eles invadirem. Porém, eles precisariam descansar e partir ao amanhecer. Válaris segue pela noite para reunir o exército das vilas. Baden Urquell vai ao encontro da jovem barda que cantava na estalagem onde almoçaram, tendo sido provocado por ela a encontrá-la à noite. Tendo esperado até altas horas, resolve voltar para encontrar a moça na estalagem, dando-lhe uma lição de moral por perseguir jovens. O guerreiro a ataca com um tapa e só não acaba em coisa pior por Latiffa, Muriel e Vanael acordarem com a confusão. Muriel vê por sob o encanto e percebe que a jovem barda era na verdade uma bruxa, que coloca uma maldição em Baden: enquanto seu mal não fosse corrigido, nunca mais seu pênis iria erguer-se para uma donzela. A bruxa some, o guerreiro é abordado pelas garotas e todos tentam dormir depois da confusão. Pela madrugada seguem a direção do mapa do anão até chegarem a um vale na floresta. A névoa se levanta com ordens para irem embora e Muriel ergue sua voz contra os guardiões do vale. A névoa se abre e protegendo a entrada da mina está um enorme salgueiro. Ali estava o verdadeiro guardião da entrada da mina, o salgueiro tenta agarrar e sufocar aqueles que ali passam. Latiffa dá uma amostra de seu poder druídico ao fazer o salgueiro soltar aqueles que não conseguiram escapar de seu agarrão. Dentro da mina, passam a seguir o mapa de Halberk, evitando desviarem do caminho para não perderem tempo. Em algumas horas chegam a um grande salão, com colunas que sustentam o teto e teias de aranha. São atacados por aranhas negras gigantes que se mostram mais perigosas que as aranhas ônix da mata perto do Forte. Após uma árdua luta contra as aranhas, o teto, abalado pelas vibrações do combate, põe-se abaixo, selando a passagem de volta. Com apenas o caminho em frente, seguem pelos túneis. Vanael encontra uma passagem não mapeada, oculta por um mecanismo secreto. Dentro da passagem encontram uma fonte de água fresca que cura seus ferimentos da batalha contra as aranhas e uma estátua com uma figura angelical, sem rosto, que os faz adormecer, mesmo o elfo Vanael, imune a esse tipo de feitiço. Sonham com o sacrifício da princesa e o retorno de um antigo mal e despertam, curados e descansados, em uma sala sem a fonte, sem a estátua e empoeirada e abandonada. Quando deixam a sala, percebem o som de uma cachoeira e a convidativa luz do dia. O dia do Eclipse de Gamadis. Correm para fora dos túneis anões, pela cachoeira e vislumbram as ruínas do Templo Oculto. Ao longe, Vanael consegue discernir os exércitos orcs e dos povos das vilas digladiando. Do templo, um cântico obscuro. Correm. Nua e acorrentada sobre um altar está a princesa élfica. Vanael deixa sua flecha voar e o sacerdote se revela um sibilante, sacando escudo e cimitarra. Nas paredes do templo, gravuras como as que viram na Torre Invertida, sobre homens-serpente subjugando outras raças. A luta contra a magia profana do sacerdote é tensa e pesada. Invocando o poder de sua deusa caída, consegue instigar o medo no coração dos bravos e paralisar os músculos dos ágeis. Yusuke havia tentado aproximar-se desapercebido, mas quando consegue libertar a princesa, tem seus tendões dilacerados pela cimitarra do sacerdote. Em um último chiste, engana o sacerdote fingindo que ia matar a princesa e consegue perfurar seu coração. O sangue do sacerdote jorra sobre o altar, a princesa e o ladrão. Vanael vai carregando a princesa quando uma sombra cai sobre o Templo Oculto. Sua pele abre-se como uma casca e de lá sai uma criatura abominável, muitas vezes maior que a frágil princesa, Caellor, a Deusa da Escuridão, banida há muito tempo. Ela grita de dor por ter sido invocada incompleta, através do sacrifício de seu sacerdote e não da elfa. Nem as vinhas de Latiffa, invocadas com o poder Vahlar, conseguem segurar aquela criatura demoníaca. Sua couraça resiste aos golpes valorosos e pouco efeito têm as chamas invocadas por Muriel. Com corpos feridos e espírito abalado, a Guilda da Curtição tentava ao máximo devolver a criatura abissal para seu descanso. Eis que ouvem um som de pedra se partindo. Yusuke aproveitou a confusão do combate para escalar uma das gárgulas de pedra presas a correntes e usou de toda sua força para desprendê-la da parede, indo como um aríete em direção a Caellor. Empalada pela gárgula, gorgolejando sangue e experimentando a mortalidade, Caellor cai sem vida ao receber a derradeira estocada da montante de Baden. De dentro da carcaça da Deusa da Escuridão, o corpo da princesa sai encharcado de sangue e gosma. A carcaça se desfaz em cinzas e os sons de batalha se transformam em gritos de comemoração. Os orcs, sem o poder de Caellor, são derrotados. A princesa segura é levada para Refúgio do Corvo e uma festa é dada. No dia seguinte, escoltam a princesa a Mae Dringlor. Mas é óbvio o que viria a seguir. Yusuke, na festa, tenta se dar bem com a princesa mas é rechaçado ao tentar improvisar um élfico e acabar ofendendo a soberana de Vanael. Isso lhe causa problemas em Mae Dringlor. Quando devolvida ao seu refúgio, a princesa bloqueia a entrada do ladrão fanfarrão, que acaba precisando da lábia de Bastian para chegar ao Templo de Talena, onde a Guilda descobre que a própria princesa era o Oráculo de Talena. Finalmente receberiam o oráculo que lhes havia sido prometido por Phus Bearern e Emera Gryne. A princesa, tomada por Talena, entoa a profecia da qual eles se descobrem fazer parte. Cansada e sangrando muito pela possessão, dá-lhes presentes pelo resgate e pede que partam, já que precisa descansar. A Guilda da Curtição retorna a Refúgio do Corvo para decidirem então o que fazer de posse dessa informação. Já haviam derrotado Malvirdan e Caellor, mas poderiam lidar com o que viria a seguir?