Remove these ads. Join the Worldbuilders Guild
Tue 6th Apr 2021 01:58

Bar talk - In memoriam of Blaargh

by Lanre Ruth

---
Parte 1: WTF just happened today
---
 
No meio da praça principal. Lanre se levanta e ainda consegue ver a guarda de pedra segurando Vargh ao longo da escadaria. Apesar de estar praticamente imobilizado, o olhar fixo ainda se mantém no mago.
 
Na cabeça do mago, ele ainda estava aterrorizado pelo rosto monstruoso de raiva e fúria do monge. “ Como diabos chegamos a isso?”.
 
“Tudo aconteceu tão rápido… O guarda chegou e poucas palavras foram suficientes para invocar a ira do monge. Não poderia ter deixado acontecer, iria colocar a polícia da cidade contra nós, no mínimo. Iria nos colocar em perigo, iria ME colocar em perigo.” - Lanre pensava.
 
Após um momento, os demais integrantes do Fly Circus chegaram. Alguns estavam realmente em choque com o que aconteceu, outros encaram aquilo como uma outra terça-feira casual.
 
As vozes ecoavam perguntando o que aconteceu, onde estava Vargh e mais. Mas Lanre simplesmente não conseguia sair de seu transe. Isso trouxe lembranças passadas.... Lembranças que ele gostaria de esquecer e que estavam se tornando cada vez mais comuns neste lugar…
 
Lanre começou a sentir uma dor na parte de trás da cabeça que o fez abaixar o olhar ainda mais. Por trás de seus longos cabelos ruivos uma cicatriz antiga começou a latejar… Essa mesma dor foi sentida quando Lanre teve o sonho com o falecido Gungnir, na luta contra o demónio e quando voltaram a Velkynvelve, quando o Príncipe se mostrou pela primeira vez…
 
“Vargh me traiu e me atacou sem pensar duas vezes… Os outros apenas olharam… Se fosse por eles eu teria morrido…”
“Tudo o que pensei foi em ajudar e impedir que fossemos para a prisão no primeiro contato com a porra de uma cidade desconhecida… Era apenas pelo bem de todos!!!!”
“...”
“Acho que na próxima não será por todos…”
 
Neste momento, Lanre saiu de seu transe e viu a cidade novamente. Viu a multidão ao redor e viu o único lugar que deveria ir para esquecer esse incidente.
---
Parte 2: The Half-orc, the Half-elf and the Half-owl
---
 
Lanre estava bebendo sozinho no bar durante algum tempo já.
 
Entrou. Foi direto ao dono e pediu a bebida mais forte que poderia comprar com uma moeda de cobre. Lanre pegou a garrafa com líquido turvo e sem rótulo.
 
Levantou a cadeira caída pela confusão e começou a beber na mesma posição em que estava agora a pouco.
 
Pipoca apareceu e ficou na mesa. Olhar atento ao redor e a Lanre.
 
Após alguns minutos, sentiu uma cutucada no ombro e percebeu que não estava sozinho.
 
“Mago, você consegue criar luz solar?”
 
Blaargh estava ao seu lado. Sentado em outra cadeira e com o copo pela metade. Parecia estar ali há algum tempo.
 
“Só pergunto, caso tenhamos que dar no pé. Esses Duegar são vulneráveis a ela.”
“Me entende?” - Blaargh continuou
 
“Ah, eu gostaria meu caro. Se pudesse, já teria transformado esse lugar na superfície.” - Lanre responde
“Não é muito, mas posso iluminar o caminho com uma tocha, mas acho que não irá fazer tanta diferença.” - Lanre continua agora com certa ironia na voz
 
“Hahaha, Um portal mágico?”
 
“Nem tanto ainda. Precisa-se de alguns anos de estudo para isso.”
 
“Ah, tudo bem. Eu nunca vi o sol mesmo… Lembrei agora quem estava comigo antes de vocês me resgatarem, há muito tempo atrás....”
“Ela quem era capaz de abrir uma janela para a tal estrela”
“...”
“Tudo bem, eu posso esperar para ver isso de novo.”
 
“Bem… às vezes eu gostaria de ser como você… Poder não lembrar do passado…”
 
Blaargh para por um momento. Fica pensativo. Continua a beber.
 
Lanre se levanta e vai em direção ao bar. Ele entregou duas moedas de ouro para o barman e volta para a mesa com uma nova garrafa.
 
Além da garrafa, ele leva consigo 2 copos. 2 copos e um pires.
 
Ele coloca um copo na mesa direcionado para Blaargh, outro consigo e o pires ao lado do seu copo.
 
A garrafa agora contém um belo rótulo.
 
Ele serve o líquido translúcido e de cor de caramelo no copo de Blaargh, no pires e em seu copo, nesta ordem.
 
Faz um pequeno brinde com o copo e com o pires, insinuando para Blaargh e Pipoca beberem com ele.
 
“O que é esta coisinha?” - Blaargh pergunta aproximando a mão de pipoca.
 
“O nome dela é Pipoca. É uma amiga de longa data.
Nos encontramos quando era pequeno… Em uma floresta onde vivi alguns dias...É um espírito de lá que me acompanha desde então.”
 
“Um fantasma?” Blaargh pergunta com um brilho no olhar.
 
“Bem… É uma criatura de outro mundo hahaha”
 
“E ela conversa?”
 
“Comigo… Sim. Quer que eu pergunte algo praela?”
 
“Hmm… De onde você vem é tão escuro como aqui?”
 
Owlll…. Owlll….
 
“Ela disse que não… O mundo dos espíritos é cheio de… Hic… Luz.”
 
“É bonito?” Blaargh pergunta mais interessado
 
Owllll…. Owl… Ooooooowl…
 
“Muito!! Mas um pouco cansativo…”
 
“Ah é? Por quê?”
 
Owwwwwwl….
 
“ Não tem muito o que fazer… Tudo muito… Hicup.... igual…”
 
Blaargh para um momento, refletindo. Olha nos olhos de pipoca e fala: “É… Eu nunca imaginaria isso…”
 
Mais alguns instantes se passam… Ambos refletindo as palavras do espírito… A garrafa já está quase no fim e o copo de Blaargh não chegou nem na metade.
 
“E do que você se aliment…” Blaargh corta o silêncio e é interrompido pelas portas se abrindo bruscamente.
 
Ahman entra olhando ao redor e completamente sem fôlego.

Continue reading...

  1. Bar talk - In memoriam of Blaargh