Luari
Os que se entregaram ao luar.
"Sempre conte com um Imperial para chutar o seu traseiro e outro para limpar ele logo depois. É como se os mais sensíveis se sentissem culpados pelo comportamento dos mais agressivos. Os deuses sabem que um dia vão acabar sendo engolidos também."
— Ahmad Ichabod, numa conversa sobre os tradicionalistas luari.
Aqueles chamados de luari são os humanos da Costa da Lua de Prata provenientes da mistura entre os humanos originais com os elfos de ernas. Eles formam uma minoria étnica e cultural, raramente deixando suas terras natais e, entretanto, controlando a maior parte da política continental.
Mais do que qualquer outra etnia centuriana, os luari são herdeiros do antigo Império de Ernas - na ocasião de sua queda, a cidade de Alessia foi tudo que restou daquela cultura élfica, e sem dúvida o único lugar em que se misturava pacificamente com as tradições humanas do local. É devido a isto que ser um meio-elfo ou mesmo elfo nas regiões luari não é um problema de qualquer tipo.
Naming Traditions
Nomes femininos
- Aurore; Aelene; Agate; Astrid...
- Carin; Carine; Calarel; Cassandra...
- Diana; Daena; Dália; Dafne...
- Elois; Elient; Elionor; Eldrin...
- Helie; Helene...
- Louise; Lorelai; Lúthien...
- Mersa; Monique; Mona...
- Sophie; Sibeli; Senira...
Nomes masculinos
- Abel; Altes; Arsene...
- Cédric; Círdan; Cirius...
- Eric; Elashor; Ered...
- Gael; Gérard; Gregor...
- Henri; Haemir; Hermend...
- Ludovic; Lenore...
- Miriel; Mirandir; Monac...
Nomes de família
- Albania; Ambrose; Andines...
- Belmont; Bertillon; Beauregard...
- Chauveron; Castedras; Celeria...
- Estiegre; Elferic; Eladriel...
- Lamargné; Laurent...
- Melville; Mistel...
- Ravenica; Rosenburg...
- Sussuer; Sarerac; Sumont; Suderi...
Culture
Principais grupos linguísticos e dialetos
Diz-se luari o conjunto de dialetos e línguas tipicamente luarianas, já não mais empregada em comunicação cotidiana mas de grande importância litúrgica. É o idioma das escrituras clássicas no Culto às Irmãs-Lua, e cada palavra está ancorada em um extenso sentido filosófico. Falar uma frase em luari é, na prática, discursar sobre o funcionamento a ordem e o caos. Devido à influência da cultura luari no antigo Império de Ceres, muitos cultos ao Panteão Ceriano usam desta língua.
Cultura e herança cultural
Os luari se dividem em dois grupos: os tradicionalistas, que se apegam às raízes culturais voltadas ao esotérico e o respeito às individualidades do oculto; e os progressistas, que se apegam aos domínios políticos, imperialistas e pragmáticos provenientes da fundação do Império de Ceres por uma luari. Esta cisão no comportamento e perfil do povo luari, que se intensificou ao longo dos séculos, é segundo alguns o que levou à queda de Ceres¹.
"Um luari será sempre um exemplo de virtude ou um incrível canalha" é um ditado comum dentro de Centúria, expressando muito bem a forma como os povos se relacionam com estas duas linhagens. Estas diferenças também levaram a preferências religiosas: os tradicionalistas honram ambas Nora e Selune, mas os progressistas preferem Nora, que é o aspecto da Ordem e dos Ciclos. A diferença fundamental dos dois grupos está em uma máxima: os primeiros acreditam na ordem interior, e os segundos em levar a ordem para o mundo.
Devido à ligação de Nora e Selune com o mar, os luari costumam banhar-se várias vezes ao dia. Associam noites nubladas a maus-presságios e são, no geral, figuras supersticiosas. Por este mesmo motivo, pouco se divertem em jogos de sorte, acreditando estarem desafiando aquilo que foi tecido como destino para eles. São bons leitores e escritores, criaturas extremamente sociais, dançarinos exóticos e pensadores desde a infância.
Código de vestimenta comum
Costumam vestir-se em trajes leves e de adornos simples: camisões de meia-manga, cintas; calças folgadas de couro e/ou peles. Preferem sandálias a botas e quase ritualisticamente carregam colares com mementos de sua infância ou família. Os mais ricos favorecem tecidos elegantes mas não exagerados, como a seda. Homens e mulheres se vestem de maneira muito semelhante. Os trajes não costumam ser reveladores: o corpo é sagrado na cultura luari, visto que a nudez é reservada aos rituais para as Irmãs-lua.
Arte e Arquitetura
A arquitetura luari favorece arcos, pontes-aéreas, torres e varandas; balcões. As casas mais típicas costumam não ter porta: são abertas para a rua através de grandes portais e antecedidos por jardins e muros baixos, o que naturalmente tornou-se cada vez menos comum com o aumento da densidade demográfica. O material mais comum é o mármore-lunar, utilizado principalmente em construções de grande importância. A influência élfica é marcante, com estruturas angulares e pontiagudas. Adornos favorecem a prata ao invés do ouro, e gemas em tons azulados decoram anéis e jóias.
A maior manifestação artística luari é, sem dúvida, a pintura e a poesia. A pintura é alegórica e colorida, vibrante; enquanto a literatura costuma investir em um lirismo subjetivo e simbólico, imanentista e hermético, quase como se tentando recriar a experiência demiúrgica e dionisíaca dos transes que o povo possui.
Costumes, tradições e rituais
Muitos dos hábitos luari perderam-se ao longo dos séculos, mas outros prevalecem até hoje. Um luari jamais entrará em um espaço que não seja seu, a menos que explicitamente convidado. Ele nunca rejeitará uma refeição oferecida a ele, mesmo que esteja cheio. Os luari costumam fazer uso de ervas e incensos alucinógenos com frequência, reservando os de melhor qualidade para noites de lua cheia, onde se dedicam à meditação. Também gostam de tomar banhos longos - demasiadamente longos, para alguns.
Uma distinta tradição luari, conhecida por todo o continente, é o batismo quori. Quando nasce, toda criança recebe uma frase-quori, um verso obtido a partir da leitura do céu noturno no dia em que nasceu. Ao alcançar a maioridade, este indivíduo participará de um ritual onde, em transe, lembrará qual a sua frase-quori, tendo então um vislumbre do seu futuro. Nada na cultura luari é mais importante do que este verso.
Costumes Funerários e Memoriais
Os luari cremam seus mortos e, posteriormente, depositam as cinzas em pequenas gemas. Durante a Balada das Nove Noites (que acontece uma vez no ano), essas gemas são depositadas em balões-lanternas que, por sua vez, são lançadas no ar para o céu noturno. Os balões são encantados para subir por dias seguidos e não voltam a ser vistos pela população.
Tabus comuns
- Revelar a frase-quori de alguém sem sua permissão.
- Ver a nudez de alguém, especialmente uma sacerdote das irmãs-lua, sem permissão.
- Necromancia ou qualquer princípio a ela relacionado.
Figuras históricas
A família imperial é tradicionalmente luari. A maior das figuras históricas deste povo é Coralie Astrea, fundadora do Império de Ceres e Santa não só para a crença luari, mas todo o Império. Outra figura importante é Cirius Alabaster, o primeiro de seu nome, declarado como o maior e mais poderoso arcanista de seu tempo até mesmo pelo primeiro Rei-Mago de Alyria. Ele deu origem ao título e casa Alabaster, bem como a academia que recebe seu nome.
Ideals
Ideais de beleza
Cabelos claros, em especial prateados, são a marca de um mau presságio. Aprecia-se cabelos escuros - quanto mais escuros, mais belos - e olhos acastanhados, em especial nos tons de âmbar. Traços andrógenos são especialmente admirados.
É comum que os luari tenham cabelos loiros ou ruivos (cabelos brancos são símbolo de mau presságio), tom de pele claro e olhos quase sempre verdes ou azuis. Cores de olhos incomuns incluem prateados, castanhos e âmbar; olhos violetas ou vermelhos são considerados um sinal de azar. Alcançam um tamanho médio de 1,68m e parecem apreciar portes mais altos.
Ideais de gênero
Na cultura luari a linhagem familiar é matrilinear e a mulher é mais importante que o homem em todas as instituições ligadas à religião e ao poder.
Ideais de relacionamento
Idealiza-se com frequência o platonismo expresso; isto é, culturalmente prefere-se uma relação espiritual declarada que uma física. Grandes amizades são consideradas tão apaixonadas e apaixonantes quanto grandes romances. Casar-se não é uma prática luari, apesar do companheirismo costumar durar a vida inteira. Não há qualquer limitação quanto à qualquer orientação sexual, seja numa relação carnal ou não.
Para os luari, sexo se tornou um tema de disputa. Enquanto os tradicionalistas se apegam à crença de que a nudez luari é sagrada, destinando o sexo portanto àqueles que são muito importantes, camadas da população, incentivadas pelos hábitos cosmopolitas e imperiais, passaram a tratá-lo cada vez mais como apenas outra expressão do ser e de prazer. Há, portanto, quem seja muito aberto com isso, utilizando o sexo como uma demonstração de aproximação e liberdade, e aqueles que tratam mesmo o sexo como uma espécie de ritual, destinado a momentos especiais e esotéricos.
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