NSRF: Episódio III

General Summary

[...] Os Dracônicos Flamejantes se encontraram aprisionados em um calabouço, após caírem numa armadilha onde duas dos quatro monarcas sequestrados estavam presentes: Nirya e Yuying. Após libertá-las e verificar que elas estavam bastante debilitadas e na beira da morte, sob o olho cruel de um subordinado do Arquifada Oberon que era algo entre uma fada e um demônio, tiveram o paradeiro dos monarcas restantes revelados, mas não era o que eles estavam esperando. Disformes e com aparências grotescas, o Rei Robert IV e o Rei do Escudo Gérbous já não mais respondiam por si, pois haviam sido transmutados fisicamente e mentalmente em monstros, através de um encantamento ou maldição de origens e propriedades desconhecidas. Não somente tendo seus corpos violados, os monarcas sofreram uma humilhação além, que o meio-demônio fez questão de expor, tendo eles sido transformados em criaturas que refletiam seus defeitos principais como indivíduos no passado. Para o meio-demônio, a cena que estava prestes a ocorrer era puro entretenimento, e foi assim que ele a tratou, se afastando assim que possível e fazendo questão de narrar tudo como um espetáculo de circo, ou um torneio de luta livre, para ser mais honesto. Anunciou as monstruosidades arruinadas ao entrarem na arena do calabouço como se fossem competidores se apresentando ao ringue e, por fim, saiu de cena com uma risada que ecoou por todo o salão e também na mente de todos ali presentes. O combate foi bastante desigual para os Dracônicos. Apesar de estarem em maior número, enfrentavam criaturas muito maiores e de grande poder, ao mesmo tempo, em um local apertado e tendo que a todo momento zelar pelas duas Rainhas que ainda não haviam sido transformadas e estavam em um estado de saúde bastante debilitado. Outro problema que também afetou o desempenho do grupo de aventureiros foi sua sinergia: os atritos gerados anteriormente atrapalharam a concentração e a organização deles como uma unidade tática, algo que foi explorado pelas criaturas que, apesar de não mais sendo as pessoas que anteriormente eram, ainda tinham consciência e noções de estratégia. Em um momento de sufoco, a clériga Anna clamou por Pelor por ajuda de seus enviados. Esperando por um Celestial do domínio de seu deus, a sacerdotisa foi surpreendida com a aparição de um Unicórnio que vivia não muito longe dali, por conta da interferência gerada pela mana selvagem do plano de Faéria. O Unicórnio, no entanto, obedeceu com certa parcimônia os comandos de sua invocadora e auxiliou no combate, provando-se um aliado útil no combate contra duas monstruosidades poderosas, um Cíclope e um Oni. O grupo então se dividiu em dois, com seus esforços concentrados em derrotar ambos os inimigos o mais rápido possível. Anna, junto de seu Unicórnio invocado e seu recém-aliado, o Far Darrig Dougal, se uniram a Madamme X enquanto tentavam derrotar o Oni (A abominação que antes era o Rei do Escudo) e manter Nirya e Yuying salvas. Enquanto isso, Shadow, Zumalur e Pooh se concentraram em derrubar o Cíclope (A versão monstruosa do Rei de Kasmira) de uma vez por todas. Por não serem combatentes de linha de frente, a curandeira Anna e o ilusionista Madamme X tiveram bastante dificuldade de enfrentarem o Oni, um oponente com diversas habilidades mágicas e tendências furtivas que o faziam procurar qualquer brecha na defesa deles, mesmo com o apoio de aliados e de poderosos feitiços. Sem realmente saber o que fazer e aparentemente sem nenhum apoio dos demais membros do grupo, Anna se voltou mais uma vez ao seu deus, dessa vez implorando a Pelor não por um aliado, mas por um milagre, para que ele mesmo agisse a favor dos dracônicos naquela batalha. E ele agiu. Com um estrondo reminiscente de um trovão anunciando sua chegada, uma criatura gigantesca adentrou a arena subterrânea através de um portal, indo diretamente até Anna. Ao ver a situação, antes que alguém pudesse sequer ter tempo de reagir, a enorme criatura, que se tratava de um Kirin, tocou um de seus cascos da pata dianteira na testa do Oni, que simplesmente se desfez em um vapor luminoso. Alguns milésimos de segundos de choque que pareceram minutos foram logo interrompidos pelo furor do Cíclope no outro lado da arena, ainda atacando os aventureiros com uma raiva cega, especialmente por ter sido derrubado diversas vezes pelas manobras marciais de Zumalur. Mas isso também não duraria muito mais tempo. Ferido, cansado e sem mais nenhuma gota de paciência, Pooh arqueou sua espada e, com um urro e toda a força que lhe restava desferiu um golpe tão potente que atravessou o Cíclope sem nenhuma resistência, partindo o antigo Rei em dois, tão velozmente que a parte de cima da criatura ainda tentou se debater e lutar por alguns segundos, até simplesmente se tornar inerte. O silêncio que se seguiu a isso foi ensurdecedor.

Continua...