Bhava

"No fim, só há duas coisas: bhava e khaos."
- Ilamesh, O Peregrino
 
Também traduzida como ‘vida’ em alguns pergaminhos antigos, bhava é a essência viva do mundo, a centelha transcendental que conecta os elementos físicos e os coloca em movimento e transformação, a vibração universal na qual a mana de todas as coisas ressoa. Existem inúmeras definições para essa Força Primordial, e todas elas de alguma forma apontam para a noção de que bhava é o que possibilita à vida surgir a partir do caos.
O Semideus Ilamesh discorre sobre o conceito de bhava em sua Epopeia:  
Algumas culturas modernas alegam que o oposto do caos seria a ordem, a harmonia, o equilíbrio e a previsibilidade. Essas culturas comumente associam a palavra caos a qualquer força que impossibilite ou dificulte sua sobrevivência e prosperidade. Este equívoco é resultado da incapacidade dos mortais de perceber a natureza transitória e frágil de sua existência, pois bhava é tanto o pescador quanto a tempestade, é a caça e o caçador, é vida e morte.
 
O Semideus também explica como nos tempos primórdios da Era da Gênese, antes de haver bhava, o mundo era um amálgama caótico de energias elementais. Não havia distinção entre mar, terra e os céus. Não havia distinção entre mundo mortal e Além-Mundo, havia apenas um turbilhão irreconhecível de forças em meio à
escuridão.  
Pela história registrada dos Deuses-Antigos e pelas revelações divinas que chegaram até os mortais ao longo das Eras, percebe-se que o propósito dos Deuses (e, por extensão, de todos os mortais) é seguir o fluxo de bhava, ou seja, transformar caos em vida, canalizar as energias do mundo de modo a fazê-las fluir entre rios, montanhas, florestas e todos os seres que habitam esses lugares.
Sendo assim, pode-se dizer que bhava está presente em tudo aquilo que é natural e segue ciclos de renovação entre vida e morte: a árvore que alimenta o antílope que alimenta o felino que morre e volta à terra. Bhava é mudança, é movimento e é vida.
Tipo
Natural