Continuamos nossa viagem com a caravana. Nas primeiras noites enquanto os mercenários contratados entoavam cânticos e contavam historias em volta da fogueira, eu aproveitei para falar da Deusa. Eles fizeram ofertas humildes, mas não o bastante para salva-los do destino que os aguardava.
Chegando em Paham, após contornar o Lago de Aço, fomos direto para a taverna conhecida como Presa de Dragão. Lá eu conheci um pouco mais da historia de Airdin (não me lembro o nome, olhar na ficha). Mas infelizmente, ele é muito reservado e só deixou escapar o seu sobrenome, cujo a origem da família eu desconheço, e que entrou para a comitiva na cidade de Babur (que era justamente o ponto de partida do comerciante).
Enquanto eu estava na taverna, um Anão adentrou. Juntamente com ele havia outra figura. Um homem estranho que parecia ser uma armadura viva ambulante. Fiz o primeiro contato com ele, supondo que o mesmo era um autômato. Seu nome era Lianthorn, o clérigo misterioso do Lago de Aço. Acho que esse nome veio a servir como uma luva.
A partir daí, o comerciante chefe fez uma proposta de contratar o autômato para servir de guarda-costas. Ao partirmos de Paham para Gadun passamos por uma estrada envolta por montanhas. Aquilo tinha um ar de emboscada. Decolei voo, avistei nossos inimigos e gritei para a comitiva:
— Preparem-se para lutar! Dois a direita e mais três a esquerda!
.
.
.
O resultado da nossa luta foram algumas peças de ouro, alguns equipamentos batidos de nossos inimigos e o peso do luto que eu terei de carregar pelos meus companheiros mortos.
Sob os cadáveres ainda quentes dos meus companheiros eu rezei. Jurando que eles teriam um funeral digno, e que a Deusa teria mais seguidores para compensar os que haviam partido.
Daquele ponto em diante, eramos apenas Lianthorn, Airdin, o comerciante, eu e algumas perguntas que teriam de ser respondidas.