“Nada será desperdiçado”
Descrição
O cheiro salgado da névoa marítima se mistura constantemente com os resíduos químicos das diversas oficinas da cidade. Esta é a primeira sensação olfativa de quem chega à cidade pelos seus portos.
Krahë é uma cidade escura, principalmente quando se fala da moral de muitos de seus habitantes. Suturadores, alquimistas, necro-alquimistas e contrabandistas são figuras comuns na sociedade de Krahë, estando até mesmo em posições de poder.
Uma cidade imponente e perigosa, constantemente patrulhada pelos cátaros de Hoffenstein, esconde segredos tão fundos quanto o mar que a envolve. Irritar os donos do poder não é uma boa ideia, já que provavelmente acabará morto no fundo de uma carroça e seu corpo sendo vendido a algum suturador ou necro-alquimista.
Enquanto alguns veem a necro-alquimia como uma forma de prolongar a vida e curar doenças incuráveis, outros a consideram uma prática perigosa e inaceitável. Não é raro ver debates fervorosos nas ruas da cidade sobre os méritos e os riscos da necro-alquimia.
Muitos dos habitantes de Krahë são alquimistas ou aprendizes de alquimia, e a cidade é repleta de laboratórios escuros e sombrios onde os alquimistas trabalham em suas experiências. As ruas são frequentemente cheias de barulho e fumaça, devido às explosões ocorridas nos laboratórios.
Não é impossível ver alguma das criações suturadas caminhando pela rua, realizando tarefas para seu mestre e criador. O medo se instaura na população quando essas abominações são vistas em plena luz. Os Cátaros, por sua vez, não tem piedade e, constantemente atacam e destroem as criaturas suturadas, o que faz com que sempre haja tensões entre Cátaros e Necro-Alquimistas.
A cidade de Krahë também desenvolveu uma tecnologia inovadora que utiliza o ectoplasma de Geists para a geração de energia. Esse processo é conhecido como "Ecto-Energia".
O ectoplasma é uma substância viscosa e brilhante, que é produzida pelos Geists e é conhecida por ter propriedades sobrenaturais. A Ecto-Energia é gerada através de uma série de processos que capturam o ectoplasma dos fantasmas e o convertem em energia utilizável.
Os técnicos de Krahë desenvolveram uma série de dispositivos especiais, conhecidos como "Ecto-Captadores", que são usados para coletar o ectoplasma dos fantasmas. Esses dispositivos são colocados em locais conhecidos por serem frequentados por fantasmas, como cemitérios ou casas assombradas, e são capazes de capturar o ectoplasma dos fantasmas que os habitam.
O ectoplasma coletado é então levado a oficinas de energia especiais, onde é processado e convertido em energia elétrica.
Contudo, não só de escuridão vive Krahë. Muitos cidadãos tentam viver suas vidas de forma honesta, sem sucumbir à imoralidade. Pescadores, agricultores, guardas, burocratas, constantemente procuram manter sua sanidade através de seus ofícios.
Os que tentam não se corromper, procuram ajuda dos Deuses na esperança de se manterem firmes nos seus propósitos.
Economicamente forte, Krahë é o principal porto de abastecimento de toda a Nefastia, recebendo periodicamente navios das demais regiões. O comércio atrai oportunistas que buscam, em seus portos, ascensão dentro da sociedade.
Descrição Visual:
Krahë se divide em duas áreas principais: o Porto de Prata e o Ninho do Corvo.
O Porto de Prata é a denominação dada a toda área no nível do mar, geralmente ocupada pelo próprio Porto ou pelas casas e comércio dos residentes. O porto tem esse nome devido às areias prateadas de Nefastia, um fenômeno aparentemente natural.
É onde grande parte do comércio se instaura, bem como laboratórios e oficinas. As construções de Krahë são majoritariamente de madeira, com tom gótico. O lugar tem cheiro de sal, químicos e lama. No porto, há um grande Farol, que auxilia a chegada dos barcos por entre a névoa do mar. Também é o quartel dos Cátaros de Hoffenstein.
As casas, por padrão, tem dois ou mais andares e telhados pontudos e escuros. Todas elas possuem detalhes em ferro frio em suas portas e janelas, podendo ser apenas afrescos ou símbolos divinos. Os cidadãos acreditam que isso impede que os Geists adentrem suas residências e possuam seus moradores.
As oficinas geralmente chamam atenção pela aparelhagem mecânica que as compõe. Bobinas, canos e geradores adornam as laterais dos edifícios, junto com reservatórios que capturam a essência dos Geists.
O Ninho do Corvo, por sua vez, é onde se encontra a administração da cidade. Ela fica no topo da encosta rochosa, e é aqui que o Lorde Corvo, atual líder de Krahë, tem sua residência. A mansão do Lorde Corvo é um prédio escuro e assustador, com torres altas e uma fachada de pedra negra. É de lá que ele vigia e comanda a cidade, tomando decisões sombrias e governando com mão de ferro.
A área nobre de Krahë é um lugar de trevas e perigo, onde os habitantes mais poderosos e temidos da cidade vivem e trabalham. É um lugar onde as regras são diferentes e onde o Lorde tem o controle quase absoluto.
Sociedade
População:
Como os primeiros colonos vieram de todas as partes de Pheros, até os dias de hoje a população de Krahë tende a ser bem diversificada, com representantes de praticamente todas as raças.
Cultura:
A necro-alquimia, desenvolvida através de rascunhos e estudos encontrados de um antigo Biomante, é fonte importante de riqueza para a cidade de Krahë, especialmente se é usada para ressuscitar cadáveres e criar mão de obra barata. Isso leva a uma economia próspera, com a produção aumentando graças ao trabalho dos cadáveres ressuscitados.
Todavia, é importante dizer que não é uma prática oficial, mas também não é criminalizada pelo governo. Seus artesão costumam se esconder para fugir da ira dos Cátaros e sua inquisição sobre os suturados.
A necro-alquimia pode ser vista como algo sinistro e assustador por alguns habitantes de Krahë, especialmente pois é praticada de maneira secreta ou clandestina, levando à desconfiança e medo da população em relação aos necro-alquimistas e à prática em si. Alguns habitantes acreditam que a necro-alquimia é uma forma de magia ou bruxaria, e temem os necro-alquimistas por isso. Outros acham que a prática é imoral ou desrespeitosa com os mortos. Esses pensamentos levam a estereótipos e discriminação em relação aos necro-alquimistas e às pessoas que trabalham com eles.
A desconfiança e o medo da população em relação à necro-alquimia podem levar a tensões e conflitos na cidade. Alguns habitantes podem protestar contra a prática ou se opor a ela, unindo-se aos Cátaros de Hoffenstein.
Os Cátaros agem em Krahë como um poder paralelo. Sua jurisdição responde apenas ao Farol. Eles são permitidos ficarem em Krahë simplesmente por comodidade de proteção para-militar da cidade, bem como sua suposta moral ilibada os dá pontos para fazerem suas supervisões e lutas contra o que chamam da prática nefasta da necro-alquimia.
Todavia é inegável que o comércio da cidade é muito incentivado pelos alquimistas, que constantemente necessitam de novos materiais para seus experimentos. Navios e barcaças trazem produtos legais e ilegais ao Porto de Prata e muitas vezes as transações são feitas à calada da noite.
Devido ao medo dos corpos de seus entes serem vilipendiados pelos necro-alquimistas ou pelo pavor de suas almas se tornarem Geists, a prática de cremar os mortos é a escolha mais comum entre os cidadãos. Todavia, como a procura é grande, o preço dos crematórios sempre aumenta com a temporada.
Krahë também é conhecida por sua indústria naval. O Porto de Prata comporta diversos galpões de estaleiros de doca seca. A principal fonte de madeira é a cidade vizinha, Tangerwald. Maior parte das construções navais são de navios de pesca e de transporte. Ocasionalmente, algum navio de guerra é criado, mas sempre sob encomenda do líder da cidade.
Caráter:
Embora uma cidade comercial, Krahë não vê com bons olhos visitantes de áreas de fora de Nefastia, que não venham específicamente para fazer comércio. Os habitantes veem estrangeiros como ameaçadores ou perigosos, especialmente por causa dos conflitos de interesses entre o Alquimistas e Cátaros. Os Alquimistas julgam os estrangeiros como uma ameaça à sua posição de poder, enxeridos e não confiáveis enquanto os Cátaros os julgam como uma ameaça às suas crenças, valores e seu trabalho de luta velada contra a necro-alquimia.
Datas e Festividades:
Religião:
A presença dos Cátaros de Hoffenstein incentivam a prática religiosa na cidade. Em seu centro, ainda na área do Porto de Prata, há a Catedral de Pedra, erguida em honra à Hoffe. Para muitos dos cidadãos, ela é o raio de luz em meio à escuridão. A vida provinciana de Krahë e as experiências de moral duvidosa da cidade proporcionam um bom terreno para o crescimento da fé naqueles que temem a Necro-Alquimia e a Ecto-Energia.
Em contrapartida, os Necro-Alquimistas muitas vezes também se denominam Suturadores em homenagem ao Deus M’nzog. A ideia, incentivos e meios de se criar abominações com partes de corpos de diversos cadáveres a fim de criar a amálgama perfeita é sussurrada pelo Deus nos ouvidos das mentes mais devotas de Krahë.
Economia
Krahë é um ótimo local para a venda de produtos químicos. Os Alquimistas, magos e ocultistas do local constantemente necessitam de quantidades grandes de reagentes para seus experimentos.
A cidade também depende constantemente de madeira que é provida por Tangerwald.
A indústria naval, pesqueira e também incentivos obscuros de dentro e de outras partes do continente auxiliam na subsistência de Krahë. A verdade é que a cidade tem mecanismos ocultos e talvez a grande quantia dinheiro que circule na cidade possa vir de fontes realmente inesperadas. Para que haja trevas, é necessário que haja luz.
Serviços:
Krahë oferece os seguintes serviços:
Traslado de Barco para o resto de Nefastia.
Acomodações simples para viajantes
Venda de Abominações Suturadas (Mercado Negro)
Governo
Na cidade de Krahë, a liderança, desde sua formação, é exercida por um necro-alquimista cuja figura é obscura e temida. Conhecido apenas como "o Corvo", ele também é líder dos necro-alquimistas.
O Corvo é um homem sábio e astuto, mas também é conhecido por ser implacável e impiedoso quando se trata de proteger os interesses de Krahë. Diz-se que ele tem o poder de trazer os mortos de volta à vida sem a própria necro-alquimia, e muitos acreditam que ele tem um acordo com forças sobrenaturais para obter essa habilidade.
Apesar de seu poder e influência, poucos na cidade o conhecem pessoalmente. Ele raramente sai de seu laboratório escondido nas profundezas do Ninho do Corvo, e quando o faz, é cercado por guardas armados que o protegem de possíveis ameaças.
Muitos temem o Corvo, mas todos o respeitam. Ele é o líder mais influente de Krahë e tem o poder de moldar o destino da cidade de acordo com sua vontade.
Poderio Militar:
Krahë tem um poderio militar fraco, com poucos recursos e poucas armas para se defender, motivo pelo qual os Cátaros com tanta facilidade conseguiram formar um poder paralelo junto à fé, já que a cidade é vulnerável a ataques de outras regiões ou países, e pode afetar a segurança e a estabilidade.
Além os Cátaros que fazem uma milícia paralela, a cidade contém um pequeno contingente de guarda e alguns navios de guerra que ficam estacionados no Porto de Prata.
Conflito
Em relação ao sobrenatural, a Nebelgast é o principal evento alarmante da região. Os Geists de Krahë são especialmente perigosos, pois muitas mentes “brilhantes” morreram no local, então eles geralmente se manifestam na forma de princípios da mente, repetindo coisas constantemente, sussurrando em ouvidos desatentos, sugerindo ideias excêntricas nos melhores dos casos. São geralmente espíritos obcecados com algum tipo de trabalho ou atividade que faziam em vida.
A possessão dos Geists de Ravenburg é especialmente perigosa pois, mesmo se revertida, pode deixar sequelas nas mentes do possuídos, como distúrbios mentais e até mesmo doenças que fazem o indivíduo repetir constantemente ações, como demência, epilepsia, esquizofrenia.
Da mesma forma, embora enraizada na sociedade, a NecroAlquimia é muito jovem e ainda instável. As Abominações criadas pelos Suturadores por muitas vezes perdem controle por um simples deslize na sua criação, se tornando forças destrutivas em meio às cidades.
Organizações Relevantes
O Farol: O Grupo de Cátaros de Hoffenstein, acreditam que a prática da necro-alquimia é blasfema e uma afronta ao Deus Sol.
Os Seguidores do Sol são liderados por um bispo poderoso e carismático, chamado Marcus, que usa sua influência para condenar a necro-alquimia e promover a adoração ao Deus Sol. Através de suas pregações, leva à comunidade a acreditar que a prática da necro-alquimia é uma ameaça à ordem natural das coisas.
O Corvo e os alquimistas são vistos com desconfiança e desprezo pelos seguidores de Hoffe, e há frequentes confrontos entre os dois grupos. O Farol têm sido conhecido por sabotar os laboratórios dos alquimistas e atacar suas criações nas ruas da cidade.
No entanto, apesar de sua oposição à necro-alquimia, o Farol é uma força importante na cidade e têm muito apoio entre a população.
Locais Relevantes
NPCs Relevantes
Bispo Marcus: Ele é um homem alto e magro, com cabelos grisalhos e olhos azuis brilhantes. Ele tem um rosto enrugado e marcado pelos anos, mas ainda é carismático e persuasivo.
Marcus veste roupas simples e sóbrias, como túnicas de lã e sandálias de couro, e costuma usar um cajado de madeira como símbolo de sua posição. Ele é conhecido por sua paixão pelo Deus Sol e por sua dedicação à fé.
Antes de se tornar o Bispo de Krahë, Marcus era um monge solitário que vivia em um mosteiro em Gronnemar. Ele passou anos estudando os ensinamentos de Hoffe e se tornou um líder espiritual respeitado entre os monásticos. Quando o Hoffenstein descobriu as profanidades que ocorriam em Krahë, Marcus foi escolhido pela Capital Dourada de Ascalon para ocupar o cargo e levou sua devoção ao Deus Sol à cidade.
Desde então, Marcus tem liderado o Farol com determinação e paixão, condenando a prática da necro-alquimia e promovendo a adoração ao Deus Sol. Ele é um inimigo poderoso do Corvo e dos necro-alquimistas, mas também é respeitado e temido pelos habitantes da cidade.
O Corvo
O Corvo: O Corvo é um homem de meia-idade, de pele pálida e cabelo escuro, sempre penteado para trás com um pouco de pomada. Ele tem olhos penetrantes e um olhar frio e calculista.
Ele veste roupas pretas e sofisticadas, como ternos de seda e botas de couro, e costuma usar uma capa preta bordada com fios de prata. Ele também costuma usar uma jóia preciosa no pescoço, diz-se que é um talismã mágico que lhe dá poder sobrenatural.
Antes de se tornar o Corvo, ele era um jovem alquimista ambicioso que buscava a imortalidade. Ele dedicou sua vida ao estudo da necro-alquimia e passou anos trabalhando em seus laboratórios, tentando descobrir o segredo da vida eterna.
Quando houve o convite de Nicholas Hemlock, o jovem viu a oportunidade de concluir seus experimentos longe dos olhares curiosos e inquisidores da sociedade. O Corvo, cujo nome está perdido há anos, veio na primeira expedição, que fundou a cidade. Diferente dos imigrantes de primeira hora, ele não parece ter envelhecido muito desde que chegou há décadas, o que corrobora para o misticismo ao redor de sua figura.
Suas experiências o levaram a descobrir o segredo da reanimação, e ele usou esse poder para fundar o estudo e se tornar o líder dos necro-alquimistas de Krahë. Desde então, ele tem governado com mão de ferro e se tornou o líder mais poderoso da cidade.
Muitos dizem que o Corvo é um homem cruel e sem escrúpulos, disposto a fazer qualquer coisa para atingir seus objetivos. No entanto, ele também é um líder astuto e estrategista.
Origem
Krahë foi o primeiro assentamento fundado pelos colonos atraídos pelas propostas e promessas de Nicholas Hemlock. Ao chegarem às praias de areia prateada, os colonos se fixaram próximos às escarpas à beira-mar, para poderem facilmente ver o tráfego dos navios e também o entorno próximo da ilha.
Todavia, logo se depararam com os horrores que Nefastia tinha a oferecer. Os mortos naturalmente se levantavam quando não devidamente enterrados. Suas almas também pairavam pelas noites sombrias do local, levando seu lamento e suas emoções póstumas pelas ruas de Krahë.
Parte dos colonos se aventuraram mais para o interior do continente, procurando
O povo se tornara amedrontado pelo local, mas não tinham como voltar. Alguns haviam gastado toda a fortuna de suas famílias para a chance de uma nova vida. A única escolha era se adapatar ou morrer.
E foi isso que o povo fez. Liderados por alquimistas, cientistas e conjuradores de índole duvidosa, Krahë descobriu como fazer do horror uma máquina de evolução. A necro-alquimia e os reservatórios de geists cresceram a tecnologia torpe da região, fazendo com que, literalmente, a morte fosse um bom negócio.
Acontecimentos
Comentários