“É na simplicidade e compaixão que se encontra a verdadeira luz”
Descrição
Distante e envolto pelas árvores, rios e colinas do leste de Ascalon, o Mosteiro da Alvorada foi criado por antigos monges e sábios que caminhavam as terras sagradas em busca de conhecer seu todo e prestar auxílio aos necessitados, fossem tratando suas doenças ou auxiliando em tarefas diárias. Contudo, por mais que o mosteiro tenha sido formado sob o estandarte de apoio ao próximo, aqueles que o habitam e viajam até ele em sua peregrinação, o fazem também para conhecer as artes daqueles que buscam guiar sua luz interior para fazer mais pelos outros e por Ascalon.
Descrição Visual:
Mosteiro da Alvorada
O mosteiro conta com uma entrada ao pé de duas colinas, ao meio da vegetação local, tendo paredes erguidas em pedra e lapidadas pelo tempo e trabalho conjunto de seus habitantes, esse muro é, ainda assim, carregado de detalhes que o remetem a uma construção religiosa ascalonita, sejam pelos telhados em cone apontados para o céu ou grandes vitrais com tinta dourada. Adentrando suas paredes o mosteiro revela seu aspecto de vilarejo, com casas simples que se erguem rente as colinas ou no próprio solo, deixando áreas de plantio e criação animal próximas dos riachos, tendo as nascentes oriundas dos pontos altos dessas colinas, dando ao mosteiro águas puras. O ponto mais alto da vila, escalando as íngremes colinas que também os protegem, é onde fica o verdadeiro mosteiro, o ponto onde os peregrinos se juntam com os monges e sábios locais para realizar seus ritos espirituais e buscar o purificar do corpo e alma para que a luz flua com eles. O mosteiro conta com uma construção em pedra muito mais simples, mas que lembra ainda mais uma igreja ascalonita, apesar de feita apenas em pedra.
Sociedade
População:
O mosteiro tem, como Ascalon num geral, uma população majoritariamente constituída por humanos, mas há espaço para outras raças sem preconceito nele, inclusive as raças que muitas vezes são atormentadas no reino, como Tieflings e Goblinóides, no mosteiro encontram um local de paz, sendo uma das normas locais deixar toda e qualquer concepção de preconceito fora dos muros.
Cultura:
Desde os primórdios o mosteiro foi formado como um abrigo de ajuda ao próximo, servindo de local para repouso e trabalho do qual seus habitantes, ou viajantes, estavam dispostos a caminhar dias até outra vila e prestar o auxílio necessário, ou até mesmo receber os necessitados em sua própria casa. Com isso o mosteiro acabou por ser conhecido justamente como um local onde se pode encontrar ajuda e curandeiros. Acima disso, contudo, ele é conhecido como um ponto necessário a se visitar pelos que buscam peregrinar Ascalon em busca de compreender o espírito da fé ascalonita, servindo como ponto de estudo em velhos pergaminhos ou para se meditar e libertar seu espírito.
Caráter:
O mosteiro é constituído por viajantes que buscam abrigo, indivíduos em peregrinação divina e espiritual, ou apenas pessoas que acreditam estar precisando purificar a mente e alma de atos do passado. A verdade é que todos são aceitos no mosteiro, independente de sua raça ou passado, desde que mostre-se puro em seu desejo de mudar e se tornar um com a luz, seja a da lua ou a do sol. Dessa forma, o local tem o costume de abrir seus braços e acolher aqueles que necessitam de sua orientação ou abrigo, seja qual for o tempo necessário.
Datas e Festividades:
Há duas festividades principais realizadas no mosteiro, uma ocorre no equinócio de inverno e outra no de verão. Estas festividades são um longo dia de meditações e preces em homenagem a, respectivamente, Chantrea e Hoffe, sendo eles os grandes portadores da luz, seja na noite ou no dia.
Religião:
A fé no mosteiro é algo que, como em Ascalon, rege inclusive a ordem local, mas diferente das grandes cidades, não é causadora de grandes opressões desde que não esteja ligada ao mal e profano. A principal fé que permeia o mosteiro é a dos dois irmãos, Hoffe e Chantrea.
Economia
Apesar de as riquezas movimentarem o mundo, o mosteiro não as busca. O vilarejo busca ser auto suficiente, tendo seu próprio sistema de agropecuária, tendo como carne um alimento não cotidiano, contando com a água mineral pura que desce as colinas e matéria prima da própria região, como a madeira e ervas coletadas nos bosques ao redor. Dessa forma pode-se dizer que o mosteiro é pobre em riquezas, não sendo um local com comércio ativo, e normalmente tendo seus bens doados a eles, como o caso de armas ou armaduras feitas de metal.
Serviços:
A cidade presta serviços, desde hospedagem a auxílio com curandeiros, podendo cobrar em dinheiro ou bens e favores. É comum que quando necessitem de algum auxílio paguem contratos com matéria prima, vegetal ou animal, mas há casos especiais em que eles podem pagar com ouro, mas é raro, visto que o pouco que costumam ter é usado para negociar algumas ferramentas necessárias que, infelizmente, não são possíveis de se criar sem acesso à metalurgia.
Governo
O mosteiro responde, como todas as demais vilas e cidades, ao regime monárquico e religioso de Ascalon, mas diferente dos demais pontos que são controlados por alguma forma de nobreza, o mosteiro conta com uma gerontocracia, ou seja, um governo dos mais velhos. Entre os monges e sábios há um grupo de indivíduos que está lá há muito tempo e estes costumam ser os responsáveis por administrar e zelar pelo local, desde o vilarejo à zona real do mosteiro. Esse governo não tem nomes escritos em pedra e muito menos carrega um real cargo de poder, é apenas ensinado aos que lá habitam o respeito aos que estão no mosteiro a mais tempo.
Poderio Militar:
Fisicamente a cidade é protegida pelas próprias colinas muito íngremes da região, e onde há passagem entre seus vales foram erguidas paredes feitas em pura pedra e lapidadas pelo tempo e seus habitantes, além disso por terem seu sistema de plantação e gado dentro do vilarejo, tal como fluxo de água que passa por dentro do mesmo, o vilarejo lida muito bem com a necessidade de fecharem os portões, podendo sobreviver por semanas sem grande incômodos. Quanto à força de agressão, o mosteiro conta com seus sábios e monges, além de possíveis peregrinos e viajantes. Os sábios são normalmente sacerdotes e estudiosos místicos, enquanto os monges são indivíduos que treinam e temperam seu espírito para dominarem a arte da luz de Hoffe ou Chantrea em seus corpos, seja usando seus punhos e armas.
Conflito
Justamente por aqueles que habitam o mosteiro se colocarem prontos para ajudar as vilas na região que os mesmos acabam passando uma uma série de conflitos, normalmente enfrentando os perigos que rondam a região de Ascalon, como as criaturas da noite, sua corrupção e cultos. Apesar de não terem as mesmas honrarias que os cavaleiros e ordens ascalonitas, os sábios e monges do mosteiro se esforçam em aprender sobre as criaturas que caminham entre os homens e, acima disso, como expurgá-las, seja pela fé ou pela prata.
Organizações Relevantes
Estudiosos da Alvorada: Um grupo de sacerdotes e arcanistas que se juntam, muitas vezes sendo antigos membros de Aurora que peregrinaram para o oeste e encontram abrigo e propósito no mosteiro. Estes tutelam recém-chegados nas artes do sol e da lua, ensinando do culto ao estudo, mas também são detentores de velhos conhecimentos expressos em pergaminhos sobre os terrores que rastejam por Ascalon.
Mãos do Alvorecer: Formados pelos monges, e outros combatentes do poder divino, que seguem o caminho da luz. Estes indivíduos buscam na meditação e oração o foco e equilíbrio de seu espírito, pois só assim podem iluminar sua mente e corpo, assim sendo capazes de empunhar a luz do sol ou da lua, fortalecendo suas armas e corpo. São eles os que costumam deixar o mosteiro para prestar ajuda na região, principalmente contra a corrupção que vive à sombra da sociedade.
Locais Relevantes
Alto Mosteiro
Alto Mosteiro: no ponto mais alto das íngremes colinas está o Alto Mosteiro, onde os peregrinos, monges e sábios exercem sua meditação, pesquisas e treinos. O local serve, além de retiro aos peregrinos, como base dos Estudiosos da Alvorada e Mãos do Alvorecer. É, também, onde há os dois grandes altares de Hoffe e Chantrea.
NPCs Relevantes
Alcima Vinaclara
Alcima Vinaclara [Humana - 82 anos - Neutra e Boa - Clériga do Conhecimento 15]: Uma das mais velhas do mosteiro, Alcima é uma seguidora fiel de Chantrea, mas que compreende que os ensinamentos dos irmãos celestes é o que leve ao equilíbrio da mente e alma. Ela faz parte dos Estudiosos da Alvorada e, como umas das mais velhas, têm a responsabilidade de cuidar dos pergaminhos do Alto Mosteiro, tanto para mantê-los quanto para passar suas escrituras aos mais jovens. É uma senhora com fala eloquente e muito estudiosa, mas que não faz de seu conhecimento uma barreira para se comunicar com pessoas mais simples, sempre buscando fazer os peregrinos e novos membros do mosteiro estarem confortáveis em sua presença. Para muitos, Alcima é como uma avó.
Dodicaton, o Albino
Dodicaton, o Albino [Shifter - 61 anos - Leal e Bom - Monge Alma Solar 15]: Dodicaton se juntou a mosteiro ainda muito jovem, tendo chego a Ascalon por mar, vindo de Garmareia como um escravo foragido. Enquanto muitos de seus colegas escolheu ficar em Porto Tempestade no meio do caminho ou Porto Salis no território ascalonita, Dodicaton escolheu viajar pela terra até que conheceu o mosteiro e dedicou se dedicar à curiosa arte da iluminação. Um guerreiro nato, ele é um feral com aspectos muito selvagens de chacal, mas com uma condição letal para o sul de pheros, o albinismo, o que o fez desde sempre treinar sua resiliência. Ao encontrar o caminho da iluminação o mesmo se dedicou a ela e em caçar na noite a corrupção dessa terra que o acolheu. O Albino acaba por não ser uma figura muito comunicativa, sendo bastante direto em suas conversas e exigindo dos outros mesmo foco e esforço que ele teve em sua busca pela iluminação, mas apesar disso ele não deixa de respeitar as regras do mosteiro, tratando os outros com o respeito devido e prestando auxílio aos necessitados.
Juvris
Juvris [Humano - 20 anos - Leal e Bom - Clérigo da Vida 6 ]: Jovem e recém chegado, Juvris é um sacerdote que começou como um peregrino no mosteiro, mas descobriu ao trilhar essa caminho que muito lhe faltava para poder andar com seus próprios pés pelas terras sagradas, assim ficando no mosteiro como um dos aprendizes dos sábios e tutores dos Estudantes da Alvorada. Ele é uma figura gentil, mas ansiosa, sempre buscando aprender e ajudar, mas acabando esquecendo que o caminho que ele trilha requer paciência e calma. Ele costuma ajudar viajantes e peregrinos recém-chegados ao mosteiro, tanto para guiar-lhes até onde podem descansar quanto para prestar serviços como um curandeiro.
Origem
Quando Ascalanor deu início à primeira Marcha Áurea, junto de seus seguidores estava um homem em específico que compreendia o chamado divino do rei, mas também compreendia que seu chamado era diferente. Este era Maldivo, o Sereno, um homem de muita fé, mas também que acreditava que o caminho dos homens ainda era longo e que a história ainda contaria muito para os mais novos ascalonitas. Maldivo então escolheu caminhar pela terra sagrada, seguindo o rei, seguindo os homens, seguindo a fé, mas do que apenas isso, seguindo a corrupção que espreitava Ascalon, e em sua própria peregrinação o mesmo tomou notas, adquiriu seguidores e ensinou-os sobre os contos e sobre o verdadeiro caminho da purificação do corpo, mente e alma. Quando muito velho, o mesmo escolheu descansar, criando sua casa entre íngremes colinas, mas seus seguidores o acompanharam e também criaram suas casas, criaram um templo, ergueram muros e aos poucos o Mosteiro da Alvorada teve sua forma inicial criada. Enquanto ainda vivo Maldivo instruiu seus seguidores que os mesmos deveriam manter o conhecimento e entregá-los aos que o buscassem, que deveriam guiar os perdidos à sua própria luz, tal como levar o brilho da esperança à casa daqueles que estariam em desespero, e assim o caráter do mosteiro foi formado. Em seu leito de morte o mesmo disse desejar apenas poder ver o sol em nascer no ponto mais alto da colina, querendo admirar a lua em seu repouso e o sol em seu despertar, dizendo que era o momento em que poderia dizer que viu ambos os irmãos passando perante seus olhos, e assim o fez, dando seu último suspiro sob a colina, onde seria enterrado e, sob seu túmulo, erguido o Alto Mosteiro. Desde então o mosteiro passaria a ser guiado pelos seus discípulos, depois pelos discípulos deles e assim seguindo até os dias atuais, e por isso o respeito aos mais velhos e uma espécie de governo gerontocrático.
Acontecimentos
Comentários