Anões
Corpo de pedra, alma de fogo.
Origens
O Cinzento
O mito de criação dos anões é incrivelmente consistente. Mesmo povos anões que já se dividiram há milênios e estão geograficamente distantes, com culturas e costumes quase que totalmente diferentes, contam a mesma história sobre sua origem, com variações mínimas. A entidade que criou os anões seria um antigo ser da Era da Gênese chamado O Cinzento. Um velho elemental da terra vivendo nas montanhas de Raksas, cansado de sua eterna luta contra os dragões
O Cinzento teria usado a pedra das montanhas de Belsemir para moldar os anões, para que lhe fizessem companhia no fim da vida e continuassem sua luta contra os dragões. O elemental, no entanto, já estava velho e fraco demais para dar-lhes vida. Ele então pede ajuda a uma das filhas de Zhal, O Grande Pássaro de Fogo, que sopra o fogo da vida nas estátuas anãs. Os filhos do Cinzento seriam, desde sua origem, exímios litomantes e ferreiros
As Grandes Forjas
Depois da morte de seu criador, os anões demoraram milhares de anos para fazer frente aos seus inimigos dracônicos. Por muito tempo, não havia nada que resistisse às garras ou ao fogo das bestas. Eles ficaram no Vale de Belsemir, sem contato com outros povos, apenas aprimeorando a magia litamântica. Apenas depois de conseguir conhecimento de forja mágica com os pavaki, o povo anão começou a realizar suas verdadeiras investidas nas montanhas.
Batalhar contra dragões, no entanto, não é uma tarefa trivial. E por diversas vezes os anões chegam perto da extinção. Perdendo território numa geração, reconquistando na próxima, num ciclo exaustivo e repetitivo de reconstruir os mesmos templos e reclamar as mesmas montanhas inúmeras vezes. Até que, depois do O Selamento d'O Abismo, Uther, o Forte, quebrou este ciclo.
O Rei Anão
Não está claro se o status semidivino de Uther foi obtido depois de seus feitos, ou se ele nasceu sob a influência de alguma magia excepcionalmente forte. Sabe-se apenas que ele foi o grande líder que dizimou os dragões do norte de Raksas. Além de um grande estrategista e poderoso litomante, Uther conseguiu uma vantagem que seus antecessores não tinham: imunidade a fogo dracônico.
Usando ossos e escamas de dragões derrotados, os anões forjaram armaduras e itens altamente resistentes ao sopro dracônico. E as vitórias foram avassaladoras. Alguns historiadores afirmam que Uther poderia ter exterminado todos os dragões da cordilheira, não fosse o apego dos anões às suas terras, que fez com que os avanços se limitassem a retomada de montanhas e vales que o povo considerava sagrado ou historicamente relevante.
Delegações e migrações
O sucesso estrondoso de Uther se espalha pelo continente. A primeira grande líder a convidar os anões para dividir seu conhecimento foi Aidha, por volta do século IV E.P. A delegação de anões seria tão bem recebida pela Rainha Negra que muitos deles estabeleceria residência permanente e dariam origem aos anões de Tayen.
A segunda grande líder a convidar anões foi a Imperatriz Tamya, de Wayrur, e os que zarparam para a ilha dos gigantes deram início às comunidades anãs nas Minas de Ítaqa e nos montes de Yawri. Um grande número de anões também se deslocou até as terras ao Leste da Cordilheira de Éphora, mas foram todos dizimados na Guerra dos Reis Magos.
Por fim, a única comunidade de anões que mais se distanciaria da terra de seus ancestrais o faria apenas na Era do Caos, quando anões magos se estabeleceram em Bravomonte e construíram o Forte de Lançaprata.
As runas anãs são ao mesmo tempo fonte de magia e registro histórico. Os mais fortes e duradouros encantamentos mágicos que afetam metal e pedra são feitos por meio
dessas runas, e vários deles são referência direta á história do povo, seus valores e principais líderes.