23 de Eleint de 1488
Após alguns dias de caminhada ao norte, chegaram a Thundertree. A vila madeireira construída às margens do rio Neverwinter, que desce pela Floresta Neverwinter com o calor do Monte Hotenow estava coberta com as cinzas da explosão do vulcão. Abandonada, a vila foi tomada pela mata, a maioria das casas estava destruída por árvores e arbustos que cresciam onde antes havia civilização. Ao meio da vila podiam divisar uma colina com uma pequena torre. Ao norte, restos de um porto que levava madeira à cidade de Neverwinter.
A primeira casa que encontram na estrada parecia habitada e de fato estava. Nela encontraram o druida Reidoth, de quem a irmã Garaele os avisara que teria informações importantes. A principio druida foi hostil com os aventureiros porém após descobrir que eles foram enviados pela elfa, ele os recebe em casa e conta seus problemas.
Reidoth mora em Thundertree há um bom tempo, cuidando para que os zumbis das cinzas não incomodem as pessoas ao redor. Porém, um dragão da floresta Neverwinter passou a viver em na colina perto do centro da vila e sua presença estava afetando o local. Galhos da podridão passaram a infestar as ruínas de Thundertree e um grupo secreto estava fazendo sua base em uma das casas menos atingidas pela tragédia. Em troca da informação da Caverna Eco das Ondas e do Castelo Boca Escarpada, o druida pediu que afastassem essas ameaças do local.
Quebraram o jejum com Reidoth e saíram para explorar mais as ruínas.
As ruas de Thundertree
A cidade estava toda tomada pela mata, com algumas ruinas sobressaindo. A rua para o centro da cidade seguia por alguns metros e depois se bifurcava. O grupo resolveu seguir para a direita mas logo parou quando avistaram o centro da rua coberto de teias de aranhas. As teias estava em frente as ruinas de uma casa e por isso eles resolveram passar por trás da casa. Foi ali que seus problemas começaram.
Torian Gulor Danein tomava a frente quando foi emboscado por três criaturas pequenas que pareciam ser feitas de galhos de árvore. Ahrah Naïlo percebendo o perigo do aliado faz o caminho mais longo até avistar Torian e dispara uma flecha em direção ao galho. A flecha corta o ar e acerta o inimigo transformando a criatura em lascas no chão.
Assustado com os inimigos que o cercavam o bruxo utiliza suas forças para conjurar uma armadura gelada que envolve seu corpo e se afasta das criaturas. Dando as costas para as criaturas, tentando se afastar, Torian baixa a guarda permitindo que as criaturas o ataquem porém sua armadura gelada acaba por congelar os galhos da podridão.
Folkor Shadowless, agora um pouco mais relaxado não vendo mais inimigos, avança até encontrar Torian e utilizando seu Cajado da Defesa invoca uma armadura mágica no aliado. É quando o arbusto no qual Ahrah Naïlo se espanta pois o arbusto no qual ele havia se apoiado para atirar sua flecha se move e tentam fincar suas garras no elfo mas não conseguem. Dois outros galhos da podridão também surgem perto do elfo um deles correndo na direção de Torian. Anthror Trotsk toma iniciativa e corre ver como Ahrah estava. Vendo o companheiro bem ele desembainha sua espada e finaliza o galho próximo ao bruxo.
Folkor mais afastado da batalhe se preparava para soltar uma de suas magias quando se sente preso por teias olhando para cima percebe uma enorme aranha já com suas quelíceras se fincando em sua carne. Torian então invoca raízes que envolvem seu cajado e corre para acertar a aranha e tirar sua atenção de Folkor, porém erra o ataque.
Anthror escuta um som próximo e avista uma aranha no topo da casa próxima a ele. A aranha lança suas teias que envolvem o anão o deixando preso. Ahrah continua sua luta contra os galhos da podridão próximos a ele e se defende dos golpes. O anão mesmo preso consegue invocar um machado espiritual e consegue eliminar mais um galho da podridão que atacava o elfo, porém mais um galho da podridão sai das moitas e parte para cima do anão. Ahrah começa sua investida contra a aranha no topo da casa e dispara uma flecha acertando seu abdômen.
A aranha em cima de Folkor finca suas presas em sua carne mais uma vez e o gnomo sente as seu corpo fraquejar. Torian analisa então a situação: Folkor quase morto ao seu lado e com uma aranha gigante em cima, Anthror já livre das teias que o envolviam porém com uma aranha pronta para atacá-lo e Ahrah cercado por três galhos da podridão. O bruxo ouve um pequeno sussurro dentro de sua cabeça o incentivando a utilizar sua nova magia. Ele olha na direção dos galhos da podridão e dá um grito: “Kthoun”, porém o som não sei de sua boca, e sim de perto de onde estavam os galhos e o anão. A pequena área é abalada pela onda de choque que destrói os galhos da podridão e afetam até mesmo Anthror. Folkor utilizando a distração deita pelo barulho reúne suas forças e consegue romper as teias que o prendiam, rapidamente pega uma poção de cura de seus pertences e bebe, sentindo o veneno sair de seu corpo e algumas feridas de fecharem.
O chão mais uma vez treme ao lado de Anthror quando a aranha gigante pula da construção e cai ao seu lado, imediatamente fincando as presas em seu ombro mas o anão consegue resistir aos efeitos do veneno. Ele então ataca com Garra cortando a carapaça da criatura, e imediatamente chama seu machado espiritual que afunda na cara da aranha, fazendo ela se contorcer e suas patas se contraírem enquanto ela solta um horrível chiado.
Com apenas um inimigo sobrando Ahrah avança em direção a aranha que mais uma vez está prestes a matar Folkor e dispara uma flecha, acertando a pata do aracnídeo. Torian tenta mais uma vez uma medida desesperada, ele foge da aranha sabendo que ela irá atacá-lo e assim irá sofrer com sua armadura de gelo, e é o que acontece, porém o golpe da aranha foi mais forte do que ele esperava e o bruxo é lançado ao chão. Ainda caído ele segura seu cajado e invoca suas forças sombrias disparando sua fumaça serpenteante que acerta a criatura em cheio fazendo com que ela caia. Torian relaxa ao ver as patas da aranha se contorcendo e ouvir o chiado de agonia que ela faz.