Descrição
Breve Descrição
Sendo aquele que todos um dia hão de ver, Messorem é aquele que não se pode negar. O Ceifeiro é responsável por receber, purgar e realocar as almas dos que morrem em seu reino, um domínio de brumas e idealizações onde o mesmo navega e governa quando os suplicantes estão prontos para irem a seu plano de desfecho.
Física
Messorem não tem verdadeiramente face ou forma, ele sempre toma a face do que os vivos ou suplicantes precisam ver no momento, assim sendo é comum para o vivos verem o deus da morte como uma figura em mantos negros esvoaçantes e fúnebres que cobrem sua face, mãos esqueléticas que trazem consigo uma foice, mas as vezes trocam a foice por um remo e outras por uma lanterna. Entre os suplicantes, os mortos, a figura de Messorem normalmente varia para o que eles precisam ver em seu purgar, seja um ente querido ou a mais monstruosa criatura, o ponto é, Messorem é um deus sem verdadeira face.
Símbolo
Uma canoa com uma orbe sobre a mesma.
Símbolo
Personalidade
Messorem, muito diferente de sua irmã mais próxima,
Hebbame, não é uma figura que atrai ou conforta, na verdade o deus deixa de ser a doce mentira que a acalenta para a amarga verdade que se precisa ouvir. Sendo o responsável por receber todas as almas em seu domínio e tendo como tarefa purgá-las até definir onde devem habitar no pós-vida e justamente por não tomar face própria, o Barqueiro acaba por tornar-se enigmático e silencioso, mas não como muitos deuses apáticos e frios dos planos negativos, e sim banhado em quieta serenidade. É incomum para Messorem mostrar-se muito ao vivos e mais incomum ainda acolhê-los em longas conversas, o deus acaba por ser direto em suas aparições e premonições, mesmo estas sendo banhadas de falas enigmáticas e incertas, tal como é a própria morte, algo concreto, mas incerto de se prever.
Algo único de Messorem, entretanto, é que o Purgador mantém-se indiferente às criaturas mortas-vivas e artes necromânticas que criam-nas, pois para o mesmo estes estão apenas adiando o inevitável encontro consigo. Ainda assim sua indiferença pode se tornar desprezo quando praticantes dessas artes começam a aprisionar ou destruir almas.
Capacidades Divinas
O Ceifeiro é, por mais que não alinhado com a matança, ligado à morte e esse vínculo é também de onde origina suas forças divinas. A presença do Ceifador é capaz de congelar criaturas em medo, sendo praticamente impossível mover-se ou falar sem que o mesmo permita, mas sua grande força está na capacidade de, com um sutil movimento, levar criaturas vivas à morte, expulsar dos mortos-vivos a centelha de vida permanente, o exercício das poderosas ressurreições daqueles que não completaram seu purgatório e, sendo um caso extremamente raro de seus feitos, a capacidade de erguer grandes massas mortas-vivas. Não suficiente é dito que, dentro todos os deuses, Messorem é um do que manteve os mais fortes sentidos do Criador, sendo um ser praticamente onipresente e ciente, contudo ambos seus dons são ligados à morte, pois ele sempre sabe quando alguém há de morrer e acaba por estar em diversos locais ao mesmo tempo, gerindo os suplicantes, mortos recém-chegados em seu domínios e até mesmo viajando em contato com outros deuses. Alguns deuses comentam entre si que isso é um sinal do quão forte é o deus, afinal de contas ele é aquele que rege o domínio que mais lhe alimenta em almas, pois a morte se teme e venera, seja por respeito ou medo, a morte sempre é citada.
No mundo
O que faz
O papel do Barqueiro é administrar os mortos, as almas e os suplicantes. Ele é responsável por receber aqueles que estão próximos da morte, normalmente trazidos ao seu domínio pelos suplicantes que o servem em seu pós vida, normalmente seres com negras asas emplumadas, os Anjos da Morte. Em seu plano Messorem faz com que as almas passem por uma espécie de purgatório, onde devem deixar para trás sua vida e aceitar, por fim, o desfecho. É dever do Barqueiro guiar as almas a tal fim para que então elas sejam dispersadas aos planos em que deverão passar seu pós vida.
Aqueles que seguem o deus da morte sempre encontram-se na dualidade de como fazer a vontade do enigmático deus, mas acabam por sempre encontrar a resposta por si próprios, visto que o principal dogma de Messorem é “a passagem”. Seus fiéis costumam buscar auxiliar ritos fúnebres e, mesmo frente à indiferença do deus, garantir que os mortos mantenham-se mortos.
Plano de Domínio
O Ceifeiro criou seu próprio domínio e reino, um local fora dos planos inferiores, mas próximo dos mesmos, um local acessível apenas pelo astral, mas que de lá consegue acessar todo o restante da criação, Purgis, o Reino das Brumas.
Purgis é um reino infinito e disforme de brumas que, uma vez andando por elas, pode-se acabar perdido em sua própria mente e purgo, sendo possível apenas para os suplicantes que servem ao deus, seus Anjos da Morte, e outras deidades caminhar pelo local sem acabarem presos pelo purgar de Messorem. Lá é onde as almas buscam seu desfecho, onde os servos de Messorem passam seus dias finais, onde o próprio deus habita, exercendo seu trabalho enquanto navega as brumas, e também onde aqueles que traíram suas divindades propositalmente, sendo punidos por isso, e aqueles que negaram a fé em qualquer coisa, vagam como perdidos nas brumas.
Locais Ligados a Fé
É muito comum encontrar símbolos de Messorem em locais ligados à morte ou em que se quer evitar a morte, mas há pontos de maior presença para o deus, estes normalmente são cemitérios, sejam das grandes capitais ou covas rasas de pequenas vilas.
Cultura
Cada cultura costuma ter seus próprios ritos fúnebres, mas o que a maioria guarda em comum, consciente ou inconscientemente, é o símbolo de Messorem fazer parte do rito, mesmo sem ser citado diretamente. Algo muito comum é que as igrejas do deus da morte são grandes casas funerárias e os responsáveis pelos cemitérios, quando não clérigos acabam por ser fortes fiéis do mesmo, sabendo realizar todos os ritos de passagem e buscando defender os mortos de despertarem.
Lendas
Existem muitas lendas sobre a morte e estas sempre acabam por ter o nome de Messorem entrelaçado às mesmas. Contudo, existe uma antiga lenda que conta sobre a relação dos irmãos, Hebbame e Messorem, dizendo que estes sempre foram opostos, mas também próximos, contudo que são proibidos de tocar-se ou ficarem por tempo de mais na presença um do outro, mas nunca é dito o por que, entretanto alguns dizem que Hebbame continuou criando maneiras de ver seu irmão, muitas vezes sussurrando às novas formas de vida mensagens que, em sua morte, serão dadas ao seu irmão.
Origem
Messorem, em oposto à sua irmã, Hebbame, sempre foi aquele em quem o Criador confiou o dever de garantir o fim e término dos projetos que o mesmo perdia o interesse. Quando a cisão ocorreu ele manteve sua diretriz, mas agora não mais como um boneco e sim como um ser com personalidade própria. O deus por muito tempo era apenas um viajante por entre seus irmãos e sempre foi visto como sinal de mal presságio, pois ao longos da guerras, sempre que uma deidade morria, Messorem estava lá. Muitos o chamavam de Observador do Luto por esse feito. Contudo, quando Hebbame propôs a criação de um fim à guerra, como um irmão muito próximo, o mesmo aceitou e foi, junto de sua irmã, peça fundamental para a manutenção dessa criação.
Relações
Inimizades/Alianças
O Ceifador é alheio a muitos deuses em questão de inimizade, pois seu trabalho é enviar os suplicantes a todos os planos e todos as divindades, assim poupando-se de ter inimigos ou confrontos, mas o contrário não é recíproco, pois muitos deuses culpam Messorem quando poucas almas vem a seus domínios, ou culpam o mesmo pela morte de outros deuses na época em que era conhecido como o Observador do Luto. A verdade é que, sejam mortais ou deuses, muitos culpam a morte em suas frustrações. Quanto a alianças, Messorem mantém um contato neutro com os deuses, mesmo aqueles que são amigáveis, mas há exceções, entre elas Hebbame, sua querida irmã.
Hebbame: Dizem que os deuses nutrem uma paixão enorme um pelo outro, mas não como casal e sim como duas faces gêmeas, dois irmãos. As poucas vezes em que foi dito ver-se Messorem sem seus mantos negros foi na presença de sua irmã, mas aqueles que viram adicionam que para todos sua face era apenas um borrão, com exceção de Hebbame, que dizia apenas aqueles puros de coração e sem mais temor da morte que seriam capazes de ver a beleza de seu irmão.
Organizações
Há muitas organizações que compram a presença do deus da morte como seu estandarte, sejam aqueles que abraçam-na ou aqueles que usam-no para marcar ódio à existência morta-viva. Dentre eles há a Iskariotes e a Igreja de Onyx.
Iskariotes: um grupo de caçadores das criaturas das trevas, principalmente dos seres mortos-vivos, eles não têm pudor em usar o próprio mal para caçar o mal, mas erguem o nome do Ceifeiro para os ajudarem em sua caçada contra aqueles que quebram o ciclo natural da vida.
Igreja de Onyx: um grupo de conjuradores e mortos-vivos que pregam sua força e poder para servir o Barqueiro, entre eles há grandes necromantes, clérigos dedicados à morte, vampiros e até demonologistas. Eles são um grupo que segue a ideia de “Usar fogo contra fogo” no purgar dos que devem retornar à morte. Os membros da igreja de Onyx caminham entre os fiéis do barqueiro, com suas sedes em antigas catacumbas de Messorem e, muitas vezes, adentrando seus templos em sigilo para não causar pânico aos menos conhecedores das raízes do Observador do Luto. Fiéis à Igreja de Onyx são indivíduos que mesclam o silêncio do barqueiro ao uso das sombras, mesmo que muitos julguem-nos dessacrados e, tendo grandes conflitos com seus irmãos de fé e convicção, mas inimizade em atuação: a Iskariotes.
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