Táteron

O Sumo Priorado de Táteron se encontra na Selva da Benção de Yvelna, um lugar abençoado pela própria Deusa da Natureza, o que faz de Táteron um reino muito próspero. É regido por uma Alta Cúpula que possui três Gran Piores, sendo um deles Electavius Vryn, o conjurador mais poderoso de Auros'Sar. Apesar de ser um grande reino, Táteron é muito fechado, pois apenas indivíduos com o aval da cidade de Krinnos possuem permissão para ir a Táteron.
 

Política Externa

Táteron é um grande parceiro comercial da vila de Krinnos, acreditando que é um dever espiritual manter uma relação próxima com a natureza. O Priorado também negocia muito com o outro grande reino de Tolfur, o Império de Qua'el Kahm, e os boatos dizem que algumas das construções importantes do Império foram feitas por conjuradores de Táteron, como o próprio palácio do Sultão. Ademais, também comerciam iguarias diversas com o Império com a garantia de que não serão revendidas para fora do Império. Além disso, possuem uma turbulenta relação com a Triúna, por conta do imenso interesse da organização na magia única de Táteron. A Triúna acredita que tal técnica deve ser comercializada para toda Auros'Sar, enquanto Táteron prefere manter sua tradição para si próprios, e a insistência da Triúna no assunto preocupa o Priorado.
 
 

Fauna e Flora

A terra da Selva onde o Priorado se localiza é muito fértil, e até mesmo sementes estrangeiras florescem em seu clima que possui uma gama de diferentes e exóticas plantas. Muitas dessas são aproveitadas pelo Sumo Priorado como matéria prima, e outras aplicadas na alquimia e na fabricação de soluções que podem ser usadas tanto como poções, quanto venenos. Algumas dessas são:
 
    • Cipó-Bambu: Ele cresce nas mais altas árvores. Seu nome vem de sua aparência, pois o cipó tem várias divisões, semelhante a um bambu. Apesar de ser flexível, é extremamente resistente, e quando trançado, compõe um tecido semelhante ao couro. No entanto, é de difícil acesso para a população em geral, por conta da altura onde se encontra e pelo controle do Priorado sobre o produto. Este material é utilizado para as armaduras dos guardas de Táteron, por ser leve e resistente, ajudando os guardas a terem armaduras efetivas no calor. É um dos materiais fornecidos para o poderio militar de Qua’el Kamh, que também utiliza o Cipó-Bambu em suas armaduras. Por conta do controle rígido do Priorado, ela é comercializada apenas em pequenas quantidades em mercados clandestinos.
    • Savieira: Ou olho-da-selva, é uma fruta redonda como um olho, que possui pétalas que abrem durante o dia e fecham durante a noite, lembrando pálpebras. Tem um gosto doce e ácido, sendo muito popular para doces e geleias. Ela também nomeia um círculo druídico que vigia a Selva.
    • Trinus: A seiva destilada dessa árvore é utilizada para fabricação de açúcar, mas também gera um subproduto chamado Trinum e que funciona como cimento, o que torna a construção civil absurdamente mais fácil e barata. É altamente comercializada, e por conta da seiva ser muito nutritiva, algumas flores e musgos são capazes de crescer no Trinum.
    • Agulharoxa: Um fungo que cresce em locais úmidos. Têm a forma de pequenas agulhas arroxeadas, que liberam esporos invisíveis a olho nu. Com alguns minutos de exposição, causam apenas sonolência, porém o perigo está quando os minutos se tornam horas. Por serem muito pequenas, a pessoa normalmente não as nota, e vai se envenenando pouco a pouco. Primeiro se perde o movimento dos membros, depois vêm a falência de órgãos, e por último a morte cerebral. Doze horas sem contato com o fungo faz com que a pessoa se recupere, porém apenas se seu cérebro ainda estiver intacto. Por conta disso, o Priorado criou uma lei que diz que todas as casas e construções são obrigadas a ter pelo menos duas janelas, para que o fungo não apareça. Quando adicionado em soluções alquímicas específicas, torna-se um poderoso veneno. Hoje, este fungo é proibido pelo Priorado de ser comercializado.

  A fauna é muito mais amigável do que a do Deserto do Pecado Divino a Oeste, e a latente energia divina presente em sua terra e plantas também atraiu a atenção de espíritos da natureza, em Insilia chamados de Kami, que coabitam com animais e pessoas. Mas, é claro, que como qualquer grande selva, ainda possui predadores. Algumas das criaturas aqui encontradas são:
 
    • Paracorpo: uma criatura marrom e preta do tamanho de um lobo, que apesar da terrível visão, tem um aguçado faro e um veneno paralisante na ponta da cauda, o que faz dele um temível caçador. Seu veneno, quando diluído, se torna um ótimo relaxante muscular, utilizado para rituais e pela população idosa de Táteron. Ademais, ele é o ingrediente principal para a "Conversão Espiritual", um ritual secreto de Táteron, onde pessoas à beira da morte têm um a escolha de passar pelo ritual e ao invés de ir para Anima como uma alma, se tornar um Kami.
    • Escovinhas: São a principal presa dos Paracorpos. Uma espécie de lagarto do tamanho de cães que utilizam sua língua para ver o mundo. Essas possuem cerdas que "varrem" a selva para entender onde está. São mansos, se alimentam de pequenos insetos e são populares animais de estimação para a população.
    • Presafunda: Este animal é pequeno, parecido com um coelho. No entanto, possui longas presas ocas, por onde ele suga os nutrientes do que come, normalmente frutas. Suas presas são utilizadas para confecção de colares e instrumentos musicais, e sua carne é muito suculenta. Apesar de ser uma caça muito popular, o Presafunda não entra em extinção, pois se reproduz rápido e facilmente. No verão, quando eles mais se reproduzem, o Priorado faz um festival da caça, onde aquele que trouxer mais presas do animal ganha um prêmio em dinheiro. Se não controlado, o Presafunda se torna uma praga, acabando com as plantações alheias.
    • Peixe Perolazul: Este peixe é difícil de se ver, pois é quase inteiramente transparente, o que faz com que quem o pesque fique em dúvida se realmente pegou algo. Suas escamas, quando em contato uma vez com água salgada, se transforma num lindo tom azul-perolado, e são populares com a juventude. É comum entregar um colar de escamas de peixes perolazul quando se está cortejando alguém, de um peixe que a pessoa mesma pescou, ou então não é amor de verdade.

  Como dito antes, uma série Kamis vive nas proximidades de Táteron, e muitos desses interagem com os próprios habitantes do Sumo Prioridade de forma cotidiana, mas um ser é tido como o Protetor da Selva, e também de Táteron: Vuur’Ukali, a Serpente de Fogo e Olhos. Um gigantesco kami com poderes sobre o fogo e possui incontáveis olhos espalhados por seu corpo, que usa para julgar os pecados cometidos contra a natureza pelos mortais.
 
 

A Conversão Espiritual

Pessoas doentes em estado terminal, idosos em seu último suspiro ou aventureiros à beira da morte, todos estes cidadãos têm um direito em Táteron: o de tentarem se converter em Kamis. Assim, ao invés de morrerem e suas almas chegarem a Anima, eles se tornam Espíritos, protegendo para sempre sua cidade. No entanto, Kamis são seres voláteis, tanto em forma quanto em “moralidade”, e o indivíduo se tornará um de acordo com sua índole. Do contrário, ele virará um Oni, um espírito maléfico que é caçado e morto a mando Alta Cúpula, e até mesmo por Raifen Udel. No entanto, alguns Onis conseguem escapar com vida para a Selva Benção de Yvelna ou os Alicerces do Mundo, assim, eles se escondem com as Nagas e Yuan-Ti, que estão em constante desavença com Táteron, ocasionando apenas o aumento do conflito.
 
 

Os Olhos Da Selva

Esta comunidade druídica espalhada pela Selva responde à Tateron e tem a importante função de vigiá-la em busca de intrusos. Apesar de não terem muito poder combativo, são experts na arte do disfarce, que por sempre estarem em forma animal, passam despercebidos no meio dos outros animais da Selva. Quando novos, os Olhos da Selva se conectam a um animal, que se torna seu familiar e em certo ponto da sua vida, a conexão entre eles se torna mais forte, e o druida recebe poderes especiais quando está na mesma forma animal que seu familiar. Sua origem é oriunda de Vuur’Ukali, a Serpente de Fogo e Olhos. Este kami foi quem ensinou o primeiro Olho-da-selva como se transformar em um animal, e em sua homenagem, ele criou o círculo druídico. Apesar de responderem a Táteron, os Olhos da Selva respondem primariamente à Vuur'Ukali.
 
 

A Marcha do Amanhecer

Próximo a Tateron existe uma Cordilheira de Montanhas chamado de Picos da Alvorada, esse local possui uma aura mística que facilita a execução de magias nas primeiras horas do dia. Por conta disso muitos conjuradores peregrinam para o local com o intuito de executar façanhas mágicas de grande intensidade, mas Táteron coíbe qualquer um de fazer essa peregrinação, sendo isso um grande perjúrio e crime. Então, em momentos de grande necessidade, uma pessoa pode receber a permissão da Alta Cúpula para fazer a Marcha do Amanhecer, onde o indivíduo que deseja chegar aos Picos da Alvorada, deve caminhar de Táteron, no exato momento que o sol se põe, até as ditas Montanhas, e alcançar seu cume no exato momento que o sol nasce. Essa tarefa não serve apenas para garantir que apenas os mais dispostos consigam executar tal tarefa, mas também serve para que os Espíritos da Selva vejam o esforço e martírio de quem faz a Marcha, e lhe emprestem seu poder, com o objetivo de ajudá-lo a cumprir sua missão. O grande problema dessa Marcha jaz na proximidade com o Ninho de Nagas, que também utilizam os Picos da Alvorada como fonte de poder mágico.
 
 

O Povo e sua Cultura

O povo de Táteron é muito reservado com forasteiros, porém é extremamente unido. As linhagens aqui são variadas, de elfos a bugbears, e quase todo tipo de pessoa existente em Auros'Sar pode ser encontrada aqui. Gigantes, gnomos, goblins, todos compartilham do sentimento de união. Curiosamente, a parcela humana da população é ínfima, e por muitas vezes é esquecida quando citam Táteron. A única humana realmente influente é a recém estabelecida Naevys Olafel, a Gran Prior para quem Raifen Udel cedeu seu posto. Tal qual os Gran Priores, a maior parte da população cultua Yvelna, mas possui templos menores para outros deuses, pois a A Grande Mãe respeita a todos e os habitantes são muito unidos, seja entre si ou com a natureza. Também possuem o costume de arrumar seus cabelos e roupas para se assemelhar a plantas de acordo com a idade, a fim de louvar o ciclo; crianças mantêm seus cabelos presos em pequenos nós, para remeterem brotos; adultos usam seus cabelos em várias finas tranças, como cipós, ou em um único coque, que parece uma flor desabrochada; por último, idosos, por estarem já no fim do ciclo, deixam seus cabelos soltos por completo, para representar sua longevidade. Aqui, matar um ser vivo apenas por matar é um grande pecado, seja ele uma planta ou animal. O pecado se torna maior quando você mata uma pessoa, pois acredita-se que você está quebrando o ciclo sagrado. Os Gran Priores, todos crentes em Yvelna, são extremamente rígidos em relação a esta lei.
 
 

Os Gran Priores

Respeitados governantes de Táteron, a Alta Cúpula que rege o reino. São fiéis de Yvelna, além de abençoados pela Deusa. Recentemente, Raifen Udel, um poderoso aasimar que dizem ter desafiado os Deuses, cedeu seu cargo de Gran Prior para uma humana, Naevys Olafel. Naevys é muito bem quista pela população por sua tranquilidade, e apesar de crer em Yvelna, é muito realista, e se preocupa com o povo de maneira material, e não espiritual. Ela governa Táteron ao lado da lizardfolk Shaafi Vinea, que além de seu carisma, possui uma mente afiada, e que gostaria de inovar em Táteron, almejando um reino mais aberto. Shaafi é devota de Yvelna, mas não tanto quanto seu companheiro Alto Prior, Electavius Vryn. Electavius é um dos mais poderosos conjuradores de toda Auros'Sar, e o melhor de Tolfur. Dizem que sua imensa habilidade mágica é uma benção dos Deuses, e Electavius têm muito respeito e clamor a eles, principalmente a Yvelna, a Grande Mãe. Por conta disso, ele é o mais preocupado em relação às necessidades espirituais de Táteron. A Alta Cúpula funciona sempre em união, e ninguém pode se abster de seu voto. Suas decisões são sempre tomadas em conjunto, o que fortalece a ideia de unidade que o povo de Táteron sente. Afinal, se seus governantes são assim, porque eles não seriam? Mas há algo a mais por trás da prosperidade de Táteron além de seu governo.
 
 

Códex, a Magia Secreta de Táteron

Existe uma forma de magia criada pelo reino a partir de glifos ritualísticos, utilizados pelo povo que morava em Tolfur séculos atrás. Esta forma, "Códex", é uma sequência de runas e glifos que tal qual um código, reescrevem a matéria do mundo ao seu redor permanentemente, seja isso de maneira física ou metafísica. Com a sequência certa, um monte de rochas pode se transformar num constructo com consciência, ou um graveto em algo imune a chamas. Este é o grande motor por trás da prosperidade de Táteron, pois eles não têm necessidade de mão de obra para construção civil, e nem de matéria prima. Muitas organizações, como a Triúna e Magiluz têm grande interesse no Códex, mas este é um segredo guardado por Táteron a sete chaves.
Tipo
Capital