Anzu, o Grande Albatroz

O ovo de Anzu nunca foi aquecido, por isso o Grande Albatroz não teria amor em seu coração e predaria todo e qualquer ser vivo menor que ele. A partir de uma grande rocha numa montanha, Ambara, A Deusa da Magia criou o maior predador dos céus, que, no início de sua vida, alimentou-se de diversos outros animais criados por outros deuses que eram trazidos por outras grandes aves, cada uma acreditando ser a mãe de Anzu.  
Há um canto anilla que fala sobre uma destas aves que, após afeiçoar-se ao Grande Albatroz e não perceber seu crescimento, voltou de um dia de caça para encontrar o ninho vazio. Até hoje os lamentos da ave podem ser ouvidos nos ventos que sopram dentre os picos nortenhos.
  Como a Deusa da Magia nunca adotou forma física, Anzu não só desconheceria a identidade de sua criadora como acreditaria ser o senhor dos céus, fato que não parecia aborrecer Ambara, orgulhosa de sua criação. Após crescer o suficiente para sair de seu ninho, o Grande Albatroz começou a predar outras aves menores, algumas das quais haviam lhe alimentado quando pequeno. Em pouco tempo, Anzu era não só a maior ave nos céus, mas a maior criatura mortal do mundo.   Não tardou até que o desequilíbrio na cadeia alimentar afetasse as criações de outros deuses, principalmente de Iya, a Mãe-Terra , que havia criado diversos animais dóceis, herbívoros e de pequeno porte em Edennia: se já eram presas fáceis para outras aves de Ambara, que diria para a ave que, segundo o conhecimento que nos foi passado, era do tamanho de um dragão adulto?   Anzu já chamara a atenção de outros elementais e outros Deuses. Sua mãe, entretanto, pouco parecia se importar com a voracidade do animal. O primeiro conflito ocorreu quando o Grande Albatroz devorou um mahi que vagava sozinho fora dos limites de Edennia. A morte do elemental atiçou a fúria da Mãe Terra e o apetite do Albatroz por energia elemental.  
A ingestão de energia não necessariamente fez com que Anzu tivesse domínio sobre as magias da terra, mas com certeza o deixou mais forte, provavelmente aumentando sua resistência magicamente, sem necessariamente aumentar seu peso.
  Ignorando o apelo de seus pares para controlar sua criação, Ambara toma o incidente com o mahi como uma prova da superioridade de sua criação, o que enfurece ainda mas Iya. O Grande Albatroz continua sua caçada por mais energia elemental, predando qualquer um que se aventurasse sozinho para longe de seus pares. Agnis, mahis, jalas e até maruts foram consumidos por Anzu, que ficava mais forte e violento a cada refeição, afinal, nenhuma criatura mortal foi criada para absorver energias multielementais.   Quando Oshur, O Deus-Sol consegue convencer a Deusa-sem-Rosto de que Anzu deve ser controlado, já é tarde demais: o Pássaro se distancia para regiões ainda caóticas do mundo, lar de energias ainda não domadas e elementais corrompidos.   Prasmut, um forte jala que lutara contra a primeira aliança entre Oshur e Ambara, já estava então corrompido pelo caos. Seu poder de liderança fez com que vários jalas amargurados com a derrota se isolassem com ele no caos e se deixassem influenciar pelo desequilíbrio.   Foi um dos seguidores corrompidos de Prasmut que Anzu devorou nos Ermos da terra. E este evento selaria seu destino: Anzu era agora uma criatura do caos, uma deformação de sua natureza original que iniciaria uma onda de destruição no mesmo momento em que a Guerra dos Corrompidos começara. Em meio a loucura causada pelas energias caóticas que o dominaram, O Grande Albatroz devora dois dos ovos de Kezhar, o Pássaro de Fogo criado por Oshur, fato que selaria seu destino posteriormente.   No fim da guerra, logo depois da queda de Prasmut, Anzu decide devorar sua criadora. Oshur e Ambara lutam contra a besta, mas já estão fracos devido a batalha anterior. É nesse momento que Kezhar aparece, pronto para vingar seus filhos. O Pássaro de Fogo agarra o albatroz e o leva para as alturas, sabendo que não tem força suficiente para derrotá-lo ou mantê-lo preso, decide então sacrificar-se para matá-lo.   As penas de Kezhar então brilham mais que o Sol, e ele explode numa imensa bola de fogo que reduz Anzu a cinzas.   A destruição e sofrimento causados por Anzu foram tão marcantes que, depois que Destino faz o Decreto da Criação, Ambara cria o povo-do-ar, os anilla, com pequenas penas, mas sem asas, temeroso de que seu povo pudesse um dia usar a liberdade de voar pelos céus de maneira destrutiva e desmedida como o Grande Albatroz.
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