O Primeiro Dragão nasceu ainda na Era da Gênese e foi responsável, junto com sua prole, pela morte das mais importantes e poderosas entidades de seu tempo. Durante Eras, nenhuma outra criatura mortal rivalizaria tamanho poder, com exceção talvez de Erd.
Em algum momento no fim da Era da Gênese, em algum lugar na longa cordilheira que se estende desde o monte Zacan, no centro do continente lemuriano, até Tebhas, no extremo norte, nasceu Raksas, o Primeiro Dragão. Precisar a data de seu surgimento é impossível, visto que sequer conseguimos datar eventos nesta era sem grandes margens de erro. É provável que Raksas já estivesse vivo quando as primeiras raças foram criadas pelos Deuses-Maiores, mas nunca saberemos exatamente por quanto tempo.
Precisar as circunstâncias de seu nascimento é um esforço igualmente inútil. A maioria dos acadêmicos concorda que algum vikárin antigo aglutinou diversos animais (lagartos, felinos, morcegos, salamandras, etc.) e fez um amálgama caótico dessas pobres criaturas com sua energia. Outros acreditam que o próprio Megaron, o Quarto Abissal, teria criado a besta a partir do
Abismo (embora esta tese seja menos aceita).
Tudo que sabemos é que, quando as primeiras pedras de Zhária estavam sendo empilhadas, quando os primeiros karnadharas nadavam na península Adrina, quando os antigos anillas pintavam as paredes de seus templos, Raksas devorou a primeira das quatro phoênix, adquirindo o poder do fogo, que seria passado para todos os dragões depois dele. A morte do pássaro de fogo chamou a atenção de
Oshur, que chegou a caçar a besta, mas seria apenas na Era Panteônica, séculos depois, que os mortais conheceriam a ira dracônica pela primeira vez. Até lá, Raksas ainda devoraria mais uma phoênix e colocaria três ovos, dos quais surgiriam Vipra, o Pesadelo Alado; Darunak, o Horror Flamejante e Ghor, o Arauto das Cinzas.
