O Idiota da Floresta

Fomos a Thundertree. Resolvemos ir, não sei porque ainda nutrimos esperança de encontrar Gundreen. Nem mesmo agora que conversamos com o druida Reidoth, um idiota perdido entre idéias abstratas.
 
Não que eu seja dado a insultar mestres da natureza, na verdade fui bem polido afinal não é sensato agir de outra forma com estes tipos. Mas você não vai acreditar no que ele nos pediu.
 
Ele quis que matássemos um dragão. Não um wyrmling, um dragão enorme. Venomfang seu nome. Ele ainda teve a audácia de dizer que apenas queria que o 'enxotássemos' dali - coisa da qual ri alto, mas que fez ferver o sangue de Zor'Varuk. Como se tivéssemos a menor chance de enfrentar um dragão quase adulto, muito menos de fazê-lo correr.
 
O que me causou antipatia foi a indiferença do druida para com a nossa missão, como se Gundreen não importasse, como se nenhum de nós importássemos; só o seu 'equilíbrio' importava.
 
Não preciso dizer que meus companheiros quase morreram. Venomfang não parecia capaz de me ferir gravemente, contava demais com seu veneno, coisa que não afeta tanto nós anões. Não que eu julgue que ele vá repetir seu erro.
 
No final o prórprio Reidoth chamou a tempestade para si, conclamando mais de 10 braços de trovão, exterminando o druida e fazendo Venomfang recuar para se compôr.
 
Estive na boca de Venomfang, prestes a ser engolido. Estive em sua boca e ele não consegui dobrar meus braços para fechá-la. Segurei a bocarra de um dragão verde, uma lagarto cromático e vil.
 
Com um pouco mais de sorte, não teria sido desarmado. Com um pouco mais de sorte, teria chegado em seu cérebro e esmagado seus miolos.
 
Teria dado um belo festival em Phandalim, com sua cabeça e tudo mais.
 
Talvez até ficássemos famosos.
 
Tenho força mas não sorte.