Fengsel (fem-gui-CÉU)

Descrição


Breve Descrição

O deus dos acorrentados foi o nobre guardião e protetor de seres perigosos e conhecimentos profanos, mas essa mesma nobreza de espírito foi o que fez a deidade sucumbir às correntes que ele mesmo impôs a outros e o fez se tornar o amargurado regente da eterna prisão dos nefastos, Carceri.

Física

Seu corpo é formado por vários pedaços de metal, como grilhões e celas, envolvendo uma massa de mantos negros nos quais anzóis com correntes ficam presos e são arrastados em seu caminhar. Além disso seu corpo possui um par de asas negras que nunca são usadas para voar, sempre são arrastadas consigo e marcam o chão como se cada pluma fosse a mais afiada lâmina. É dito, entretanto, que esse corpo é nada mais que uma casca, pois sua essência, sua centelha, é uma chama avermelhada que preenche esse corpo e, nos momentos de maior ira e amargura, a divindade deixa mostrar.

Símbolo

Uma corrente em círculo, sem fim ou começo. Dizem que isso representa sua prisão infinita.   Símbolo

Personalidade

Amargura. Esse é o melhor sentimento humano que pode representar o deus carcereiro. É dito que sua existência é fria, nula e, mesmo assim, imponente, mas apática também, com exceção de seus lapsos e momentos de ira quando absorve as almas dos vivos, pois a cada alma uma enxurrada de sentimentos o permeiam, tal como conhecimentos, e nesses poucos momentos ele se recorda da liberdade que nunca mais terá. Esses períodos são os mais temidos em seu plano de domínio, pois é quando o deus busca trazer a ruína a cada prisioneiro que lá estiver, ele os faz sofrer, mas não por sadismo, e sim para esquecer sua própria ruína.

Capacidades Divinas

O poder do deus não está em sua força física diretamente, nem mesmo em grandiosas magias, mas sim no controle absoluto de sua prisão e resistência. Fengsel tem um corpo tão resistente quanto a mais valiosa armadura, os grilhões que lhe apertam e asas metálicas são justamente sua carapaça, entretanto ele é capaz de dominar todo Carceri à sua vontade, assim negando que os que entram possam sair, tal como ele não pode. É dito que estar na presença do deus é como estar envolto por correntes que não existem além de sua mente, mas que logo podem surgir, pois ele pode livremente criar meios de aprisionar criaturas e aplicar em seus encarcerados. Magos de alto nível até poderiam dizer que ela é capaz de livremente conjurar aprisionamento. Assim sendo, o deus não possui um poder ofensivo direto, mas sim a capacidade de aprisionar e atormentar seus alvos pela eternidade até que tornem-se pó e energia para, por ele, serem consumidas.

No mundo

O que faz

Sua função é a de manter, em Carceri, as mais vis criaturas e conhecimentos pela eternidade.

Plano de Domínio

O deus habita o plano criado por si próprio, Carceri, sendo conhecido por vagar entre as camadas, celas e lugares. Raramente o mesmo fica num lugar fixo, pois seu trabalho é garantir que tudo lá fique e tudo lá pereça ao pó.

Locais Ligados a Fé

Apesar do deus ter se corrompido do que foi antes, ainda é possível encontrar símbolos de sua fé em masmorras e entre os que aplicam sua profissão, carcereiros. É comum pessoas seguirem a fé de Fengsel quando lidam com o trabalho de selar ou aprisionar coisas, mesmo sabendo da natureza má do deus, sabem também que o mesmo é detentor da maior prisão planar e que segue seu papel de carcereiro apesar de sua corrupção. Além disso, há povos escravagistas que acolhem a fé em Fengsel, não pelo seu propósito de carcereiro de perigos da criação, mas sim por encontrarem nele o abraço do roubo à liberdade alheia, assim homenageando o deus com os ideias de escravidão.

Cultura

É tido como ritual, entre os carcereiros, sempre que um prisioneiro horrendo e perigoso morre, banhar uma corrente com um pouco de seu sangue e atirá-la à água. Dizem que isso é feito para garantir que aquela vil alma seja levada pelo rio Styx à eterna prisão de Fengsel e não fique presa ao mundo material, assombrando às prisões mundanas.

Lendas

É contado que, diferente do que muitos acreditam ter sido apenas questão de tempo e contato com milhares de almas nefastas, o responsável pela corrupção de Fengsel de seu propósito foi um antigo e poderoso conjurador de tempos em que a magia ainda era muito pouco usada e conhecida. Contam ter sido um gigante cujo nome foi perdido nas eras, mas que ele teria sido um dos primeiros a originar a arte da necromancia, ainda que em sua existência crua. No conto da queda do deus dos acorrentados é dito que a alma dele era tão poderosa que demorou muito mais tempo que as outras para sucumbir e, nesse tempo, muito sussurros ao nobre guardião e lhe geraram dúvidas. O marco final foi o dia de sua absorção, quando então os olhos de Fengsel se abriram para um mundo diferente, mas se fecharam para seu propósito, assim sendo aprisionado por seus irmãos. Chamam esse evento de Cárcere do Carcereiro.

Origem

O carcereiro divino foi, antes, um nobre deus que aceitou a árdua tarefa de manter os perigos da criação sobre sua vigília, fossem criaturas perigosas ou conhecimentos nefastos, tudo que não deveria ser usado ou encontrado por outros foi, em Carceri, aprisionado. Contudo, com o tempo, as almas que lá estavam alimentavam o deus, como todos os outros, mas devido à natureza oposta entre o deus e sua fonte de nutrição, com o tempo, o mesmo cedeu às ideias e planos que seus encarcerados tinham. Os deuses restantes, quando notaram a mudança do bom guardião, tiveram de cometer um ato cruel, mas necessário, pois o plano de Carceri deveria continuar existindo, e para isso, o guardião também deveria ser mantido. Foi assim que, juntos, uma série de deuses, incluindo o Messorem, Makrumm Pratad'Ouro e Hephaestus, conseguiram desincorporar o deus dos acorrentados e lhe prenderam num corpo oco, ligando sua existência ao Carceri, impedindo-o de sair de lá para a eternidade. Desde então, Fengsel guarda rancor dos outros deuses, mas acima disso, amargura por ter perdido o bem mais precioso a qualquer ser, sua liberdade.

Relações


Inimizades/Alianças

O deus não leva, consigo, nenhum aliado ou inimigo diretamente, todos que adentram seus domínios devem estar prontos para serem igualmente aprisionados. Entretanto, ele tem muito rancor e amargura com seus irmãos por terem-no feito prisioneiro e é dito que almas de fiéis ou seres com fé em seus irmãos, quando em sua presença, são tratados com menos apatia e muita mais ira.   Messorem, Makrumm Pratad'Ouro e Hephaestus: Fengsel guarda rancor com todos os deuses que foram omissos a seu aprisionamento, mas acima de tudo sua grande revolta é para com o deus dos mortos e os deuses ferreiros, que com a desculpa de um bem necessário lhe roubaram a liberdade e o tornaram tão prisioneiro do Carceri quanto qualquer outro poder que ele jurou aprisionar. Como não pode almejar ir até eles, é dito que seus seguidores costumam receber incentivos por sussurros para a destruição de sinais de fé dessas divindades, tal como o deus alivia seu ódio nos seguidores destes que acabam em Carceri com uma lenta crueldade.

Organizações

Apesar de haverem focos de adoração ao deus das correntes, poucos se dão ao luxo de formarem organizações em nome dele. Há grupos de caçadores de sangue, ou grupos planares que buscam o equilíbrio da existência que recorrem ao poder do Carcereiro para selar perigos do cosmos.

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