A Lenda dos Quatro Irmãos

Os Quatro Irmãos foram supostamente os primeiros seres da história da criação: quatro elementais de igual poder que nasceram simultaneamente das energias de bhava nos primórdios da Era da Gênese e da criação do mundo.
 
Os Quatro Irmaõs foram criados com o dom de moldar outros iguais a si mesmos a partir das energias que fluíam no mundo. Sua inabilidade de interagir com outros elementos de maneira plena e fluida, entretanto, seria a base dos conflitos que se repetiriam através das eras.
 
Io Agni, elemental do fogo, era explosivo, briguento e impetuoso. Foi o primeiro a realizar sua missão: criar vida. Mas, como não se preocupava em cuidar de suas criações, seu primeiros filhos simplesmente se espalhavam pelo mundo, queimando tudo o que encontravam pela frente.
 
Lu Jala, elemental da água, era insegura, inconstante e covarde. Vivia com medo por suas criações e raramente tomava iniciativa para explorar terrenos além de seu lar. Seus filhos eram ignorantes de suas missões, pois ela se preocupava mais em mantê-los seguros do que em ensiná-los sobre a conversão do caos em vida.
 
Jun Mahi, elemental da terra, era teimosa, orgulhosa e pedante. Criava seus filhos como um exército pessoal, doutrinando-lhes com excessivo rigor e levando-os à exaustão em sua missão, julgando os outros irmãos e suas criações como fracos e pouco virtuosos.
 
Khaj Marut, elemental do ar, era travesso, indisciplinado e imaturo. Fazia tudo de acordo com o seu humor e o divertimento do momento. Brincava com seus filhos mais do que os ensinava e voava pelos céus do mundo sem propósito.
 
Apesar de o termo "filhos" constar na Epopeia das Eras, Os Quatro Irmãos criavam outros elementais menores, feitos também de pura energia, de forma mágica, moldando-os a partir dos elementos do mundo. Naquela época, a vida ainda não existia senão em forma puramente elemental.
 
A história dos Quatro Irmãos foi largamente compilada por Ilamesh por meio de lendas, contos passados oralmente, canções antigas e orações nas línguas arcaicas. A ausência de fontes escritas o deixou refém das confirmações divinas, que elucidaram muito pouco destes seres tão antigos. A maioria das histórias serve mais como compasso moral e filosófico do que como referência histórica. Ninguém sabe o espaço de tempo entre os principais acontecimentos ou sua localização, qual a exata magnitude dos combates, quantos elementais foram criados e destruídos nesse período ou se eles sequer se comunicavam com o que entendemos hoje por linguagem. Há também divergências em alguns pontos da história de acordo com a cultura em que se estuda o período.
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