Io Agni
Nunca saberemos quem foram os primeiros elementais, como pensavam, agiam ou que tipo de vida levavam. São seres que caminharam sobre a terra eras antes dos primeiros deuses sequer nascerem. É difícil entender como as energias do mundo fluiam em tempos tão primórdios. Tudo que temos - e, certamente, tudo o que teremos - é a Epopeia das Eras, que nos trás a Lenda dos Quatro Irmãos
A Lenda de Io Agni
De acordo com os escritos de Ilamesh, Io Agni foi o primeiro elemental do fogo, nascido espontaneamente das energias de bhava nos primórdios da Era da Gênese, quando o mundo ainda era um lugar bem mais violento e errático. Io, assim como seus irmãos, nasceu com a habilidade de moldar outros elementais iguais a si mesmo a partir das energias ainda caóticas do mundo.
Io Agni era impetuoso, impaciente e irritadiço. Criava elementais sem nenhum critério e os espalhava pelo mundo despreocupadamente, deixando-os queimar tudo o que encontravam pela frente. Quando seus primeiros filhos começam a desaparecer, seu irmão Khaj Marut insinua que Lu Jala é a culpada.
Ao invés de cuidar melhor de sua cria e investigar o ocorrido, Io discute com a irmã e, não muito tempo depois, é convencido por Khaj a fazer seu próprio exército e atacá-la antes de ser atacado. Já no início da batalha com Lu, percebe que desvantagem de terreno só poderia ser suprida pela vantagem numérica, e chama Khaj ao seu auxílio. Confiante na vitória, sequer percebe a aproximação de um dos quatro agentes do caos: Anáthemus, que devora sua irmã e logo depois é morto pelos três outros elementais unidos.
Dominado pelo arrependimento, Io se retira, convoca todos os seus filhos e, no coração de um vulcão, consegue reconectar-se com as energias de bhava. Percebe, então, a inutilidade dos conflitos e a identidade dos verdadeiros inimigos: os agentes do caos. Em meio a sua meditação, seu irmão Khaj o procura e lhe conta a verdade sobre as peças que pregava em seus filhos . Io, agora em paz, perdoa o irmão e o instrui a criar mais vida para sobrepujar o caos.
Io percebe que há três grandes energias caóticas atuando no mundo, mas antes de conseguir identificá-las, os Jalas de sua falecida irmã o chamam para impedir um embate entre Jun Mahi e Khaj. O elemental do fogo parte imediatamente, percebendo a terrível oportunidade que briga entre irmãos criava para os agentes do caos.
Fortalecido pela energia de bhava e nova resolução, Io consegue parar os dois irmãos. Diz estar desapontado com eles e presumiu que a morte de Lu lhes ensinaria algo, reforça novamente que é a criação da vida, não o conflito, que vencerá o caos. Envergonhados e abatidos com a batalha, os irmãos se retiram, mas nem a renovada percepção de Io pôde notar o rápido e preciso ataque de o agente do caos Rhemo e seus aliados corrompidos a tempo de salvar Khaj. Ao sentir que o irmão fora devorado, o agni imediatamente concentra-se em conter a ira do irmão Jun, e o instrui a canalizar toda sua energia para criar mais elementais.
Agnis e Mahis são espalhados em grande escala pelo mundo, tornando impossível para Rhemo esconder-se. Os dois irmãos o encontram e, com a ajuda de seus inúmeros filhos e frieza tática, derrotam Rhemo, que pede por misericórida. Io decide poupar a vida do agente do caos, mesmo sob protestos de seus pares e seu irmão.
Ao retornar para a montanha onde melhor se conectava com bhava, Io encontra o mais poderoso agente do caos:Tyhamarat, o Devorador. A batalha entre os dois é feroz, e, assim que Io pensa que a vitória será sua, Nazak surge das sombras e o ataca pelas costas. Tyhamarat então devora o elemental do fogo já enfraquecido e, ao perceber que Nazak também estava longe de sua força total, devora-o também para acumular ainda mais poder.
Em pinturas rupestres antigas, muito provavelmente feitas pelos primeiros habitantes de Gondwana, Io pode ser visto criando novos elementais a partir das chamas em suas mãos. As civilizações antigas sabiam que elementais eram capazes de criar outros iguais a si próprios e certamente possuiam suas próprias lendas sobre como teriam sido os primeiros seres cientes do mundo.