Medhas, O Onisciente

O Deus do Conhecimento é pouco cultuado fora da Cidade dos Magos. Seu distanciamento do resto do Panteão e seu histórico de não-intervenção fomentam todo tipo de teoria sobre seu paradeiro, sua identidade e a real natureza de sua onisciência.
 

Possíveis origens

 
Os tomos do semideus Ilamesh não falam nada sobre o nascimento de Medhas. O Deus Onisciente é citado pela primeira vez quando cria os humanos , já no fim da Era Panteônica. Essa estranha omissão até hoje é fruto de diversas teorias.
 

Filho de todos os deuses: a teoria dos magos de Arcania

   
No fim da Era da Gênese, depois da criação das raças e do O Juramento das Almas , as energias pareciam estar se alinhando na terra. A presença do caos no mundo, entretanto, era de conhecimento dos Deuses, que percebem que as raças elementais eventualmente entrariam em guerra, reproduzindo as diferenças dos Deuses-Elementais que as criaram.
 
Em conjunto, todos os Deuses-Maiores fazem então sua última criação: Medhas, um ser que não estava atrelado a nenhuma energia elemental específica, com o intuito de equilibrar as energias do mundo. Ele seria capaz de perceber as nuances que seus pares elementais não conseguiriam, e dele também viria a imparcialidade para ser o ponto de equilíbrio elemental que o mundo então precisava. O onisciente então observa a vida que já fora criada: pavakis, karnadharas, anillas e yonis, e chega a uma conclusão: uma quinta raça era necessária.
O Onisciente então vai ao mundo mortal e usa seus poderes divinos para criar os humanos.  
É perceptível que esta teoria coloca O Onisciente numa posição de imensa importância, tirando de Kavya o papel de mediação entre elementos. A forte crença dos magos nortenhos em sua razão, lógica e neutralidade deu origem a uma história que coloca seus valores no topo de todas as Trindades.
 

Filho de Hanu: a teoria dos sacerdotes aidhanos

 
O Deus da Morte ao perceber que os conflitos no mundo ainda demorariam para acabar, decide criar mais um ser para caminhar sobre a terra. Um ser que, diferente de sua primeira filha Aidha, caminharia no mundo mortal desde tenra idade, para entender os sofrimentos e alegrias mortais ainda melhor, para observá-los e guiá-los em sua conflituosa relação com a morte. Medhas vive com inúmeros povos de diversas culturas por centenas de anos, e retorna a seu pai, frustrado:
 
Que posso eu fazer, pai? Os mortais nunca entenderão a morte. É o que define sua condição, o que os move e os paralisa. Como posso fazê-los ver que a passagem por Param não é nada mais que isso: uma passagem?
 
 
Hanu responde: "Se não fizeste a travessia, não saberár explicá-la". E Medhas compreende que, se ele quisesse realmente entender a morte e a vida, teria de experienciar ambas. Neste ponto, as lendas divergem. Algumas histórias contam que Medhas se amarrou a uma grande árvore seca no Deserto Boreal, onde ficou preso por cem dias e cem noites até morrer. Outras variações dizem que ele caminhou apenas apenas com a roupa do corpo até chegar ao centro de Param .
 
Só se sabe de uma coisa: Mehdas atravessou o Além-Mundo e voltou cego, mas com a sabedoria de quem experienciara tanto a vida quanto a morte. A capacidade de enxergar para além dos quatro elementos e para além da dualidade entre vida e morte teria feito com que ele se tornasse o primeiro mago, e o primeiro ser a acessar a magia arcana.
 
Nessa visão, a sabedoria e até o poder arcano de Medhas teria origem no saber transcedental que vem com a aceitação da morte, aproximando o Deus da filosofia da Trindade Negra.
 

Humano ascendido: A teoria de Obonnia e Lorunnia

 
 
Medhas teria sido não o criador da humanidade, mas sim o primeiro humano do mundo a dominar a magia arcana. O jovem percebe que as outras raças já haviam sido criadas pelos seus respectivos deuses com corpos e espíritos perfeitamente alinhados com suas energias elementais. Decide então, buscar uma nova fonte de poder para os humanos, ao invés de tentar imitar a magia dominada pelas raças elementais.
Essa busca o leva ao limiar do
O Olho de Medhas representa o saber arcano, a curiosidade e inventividade dos magos, assim como uma referência à Onisciência do Deus. Mesmo não sendo o Deus da Magia Arcana, Medhas é o Deus mais popular entre magos nos dias atuais.

Domínios e Valores

 

Conhecimento

 
Ordenar o caos é impossível sem o constante saber. Sábio é aquele que faz mil prguntas, não aquele que tem mil respostas.

Razão

 
A mente sem razão é um barco sem vela, está à mercê das marés nas quais navega. A virtude que revela todas as outras é a razão.
Children

Artigos Relacionados