Sovarog (so-va-RÓG)

Descrição


Breve Descrição

Uma sensação é presente nos Deuses, diabos, demônios, mortos vivos. Não importa se seu corpo vive sem comida, se sua alma é plena, se sua essência é imortal, o desejo habita em você, entranhado na consciência, arranhando nas profundezas de todo ser e mais cedo ou mais tarde ele emerge, o desejo de consumir, a Fome.

Física

Uma carcaça colossal movida pelo primeiro impulso inconsciente de sua existência, o de consumir.

Símbolo

Uma mão faltando vários nacos de carne expondo os ossos.   Símbolo

Personalidade

A carcaça vorás, não vive mais. Logo não há nuances, personalidade, consciência. O colosso faminto apenas consome, devora e escava consumindo seu próprio domínio.

Capacidades Divinas

A carcaça de Sovarog é capaz de criar demônios enquanto afunda. Fora isso, Sovarog jaz morto e não há qualquer indicação que ainda possua capacidades divinas.

No mundo

O que faz

Está morto, mas aquilo que sua essência originalmente clamava permanece em todas criaturas mortais, a fome. Tal como os filhos que ele proliferou, os demônios.

Plano de Domínio

A carcaça de Sovarog afunda infinitamente no Abismo.

Locais Ligados a Fé

O Abismo, como a camada criada pela fome implacável do deus, é tomada por uma conturbada fé em nome da Carcaça Errante. Enquanto, no plano material, locais assolados pela fome e escassez são palco de adoração a Sovarog, pois quando é tirado das pessoas o véu mortal e são capazes de ver a verdade, o que elas veem é o único, simples e inconstestável sentimento: a fome.

Cultura

Entre a prole corruptora, há diversas leituras da relação entre eles e seu patrono podre, alguns carregam um estranho sentimento de apego, outros apenas repúdio. Entre os cultistas de Sovarog é comum fazerem ritos de fome, alcançando locais inóspitos onde passam muito tempo em um voto de fome, se negando a consumir qualquer coisa para que, em seu ápice, eles alcançem um dos dois desfechos: a morte, ou a a centelha da fome. Aqueles que despertam sob a centelha da fome tornam-se arautos da fome, são indivíduos que consomem de maneira implacável tudo e todos, comendo de maneira implacável até, finalmente, não sentirem, nunca mais, fome. Esses arautos são conhecidos por salgarem terras e caminharem pelos planos mortais destruindo fontes de alimento, para só no final, quando a população já estiver frágil, eles escolherem consumir, criando uma aura de fome nos famintos feridos, atraindo-os a se tornarem, como ele, caminhantes que abraçam a verdade irrefutável de Sovarog.

Lendas

As lendas contam que a carcaça de Sovarog continuará descendo enquanto houver "vida" no abismo, sendo impossível exterminar a Carcaça Errante, enquanto as linhagens demoníacas existirem e disputarem as camadas escavadas pelo deus morto.

Origem

Ao perceberem a ausência do Pai, os Deuses buscaram em suas essências os propósitos para sua existência. Alguns seguiram o exemplo -- “Se o Pai nos criou, e isso foi bom, devemos criar também”. E ao fazê-lo perceberam que não eram mais infinitos em seu poder. Exercer seu poder divino lhes custava parte de sua essência, cada deidade encarou tal fato de uma forma diferente, alguns viram nisso uma forma de se purificar daquilo que julgavam imperfeito, outros regozijaram por poder mostrar a outras consciências a beleza do plano perfeito do pai.   Sovarog, não precisou exercer o seu poder para perceber que havia se tornado limitado, desde o início se sentiu menor, parco, destituído. Ele era agora uma casca, fosca e vazia em comparação a brilhante e plena existência de outrora. Sovarog se recolheu em seu domínio e nada fez, o medo o tomara, estava agora trêmulo e fraco, não importava a imensidão de seu poder, ele era finito e mais cedo ou mais tarde deixaria de existir.   Contudo, certo dia uma deidade menor, explorando a beleza da criação adentrou os domínios do Deus recluso, Sovarog viu em sua frente uma forma ainda mais patética que a sua própria, num instante ele reconheceu traços da essência de seus irmãos, mas percebeu algo mais. Naquele pequeno Deus não havia apenas a essência diminuta de seu criador mas também uma parcela da energia do pai. Neste momento Sovarog sentiu dentro de si um vazio, um fosso infinito e como reflexo dele, uma compulsão incontrolável para preenchê-lo. Ele sentiu a verdadeira Fome, e precisava saciá-la. O deus maior agarrou o pequeno e o abocanhou.   Ser devorado vivo é uma experiência desesperadora, excruciante e traumática, para um mortal. Para uma deidade no entanto, é o mais profanos dos ritos: enquanto os ossos se partem, rasgando a carne e vertendo o sangue do corpo físico, a mente é invadida, primeiro pela vontade do devorador, em seguida pelos seus sentimentos mais íntimos; a vítima começa a deixar de ser um indivíduo e passa a se tornar parte do agressor, sua vontade é subjugada e suas memórias são distorcidas, profanadas, se tornando uma mescla imunda daquilo que eram com aquilo que o devorador achar que elas devam ser, neste momento se manifestam na vítima os seus últimos sentimentos, às vezes desespero, às vezes ódio, às vezes nojo, não importa quão belo e puro este ser fora outrora, algo pútrido, vil, sujo aflora dentro de si em seus últimos instantes de consciência e assim a existência acaba, sem saber se esta chaga, esta impureza, vem de si ou de seu agressor.   Sovarog ficou extasiado enquanto consumia a essência de sua presa, mas essa sensação durou pouco, pois o abismo que surgira dentro dele tragou o Deus menor em instantes e a Fome se pronunciou ainda mais. Sovarog compreendeu o que seus irmãos haviam feito, eles estão usando a sua própria essência para atrair aquela de seu criador e estão se saciando com sua própria criação, enquanto ele definha a míngua. Mas não mais, o colosso recluso derrama sua essência divina sobre o chão de pedra e a medida que os pequenos deuses se manifestaram, antes mesmo que pudessem se apresentar, Sovarog os ataca e um festim macabro se inicia. A forma do deus se adequa à medida que ele devora, se tornando cada vez mais eficiente: as presas se tornam afiadas e pontiagudas para dilacerar a carne e perfurar os órgãos, a mandíbula grande e poderosa para partir os ossos e alcançar a medula, as garras longas e afiadas para alcançar e aleijar aqueles que tentam fugir. O ataque voraz dizima em minutos a primeira leva de deuses e ainda assim, antes que o último deles fosse consumido, a Fome encarnada projeta sua essência que se mistura a terra e as rochas, e deles se levantam novas vítimas, formando um fosso na superfície do plano.   A cada novo ciclo de deicídio, Sovarog crescia, assim como o fosso onde ele erguia sua prole. Semanas, meses, anos, décadas se passam enquanto o colosso cresce e se afunda em seu fosso, as formas inicialmente belas, criadas pelo deus se tornam cada vez mais feias, faces desfiguradas, corpos desproporcionais, peles cobertas de pústulas, espíritos podres, vís; algumas criações antes mesmo de perceber o que eram ou onde estavam, atacavam umas às outras e uma vez devoradas, até mesmo suas essências interagiam de forma conflituosa, o caos se manifestara dentro do colosso faminto.   A fome de Sovarog jamais diminuíra e por isso ele precisava se alimentar cada vez mais e mais rápido, e enquanto o fazia, o caos dentro de si crescia proporcionalmente ao seu tamanho. Anomalias começaram a surgir dentro do colosso, as criaturas devoradas não estavam sendo absorvidas rápido o suficiente, elas lutavam e se debatiam, uma última luta antes do fim, mas elas não se viravam contra o seu devorador, elas lutavam umas contras as outras e assim como seu pai, elas devoravam umas às outras, um ciclo vicioso. Eventualmente algumas delas conseguiram poder suficiente para se manter vivas até que a próxima leva de criaturas fossem tragadas e elas pudessem se alimentar. Um predador dentro de outro, a primeira “morte” é algo terrível, mas a segunda… as formas atormentadas ao serem consumidas manifestavam um ódio ainda maior apenas o mal restava em suas essências o que empoderava ainda mais seu devorador.   A mesma medida que os vermes dentro de Sovarog cresciam em poder, sua carne começava a se rasgar, o consumo do divino chegara ao limite, chagas e pústulas se manifestavam por todo seu corpo, ao invés de sangue, pus e chorume derramaram deles, corrompendo o plano à medida que o deus se arrastava pelas profundezas criando e devorando, até que o colosso agora disforme colapsa, sob seu próprio peso, ele para de devorar e mesmo de criar novas formas. Os vermes que habitavam seu corpo rasgam a carne e escapam, reclamando porções das profundezas, Sovarog estava morto, mas a fome… a fome estava longe de acabar. Mesmo morto e desfigurado, a carcaça do colosso volta a se mover, não mais criando vida, mas apenas consumindo, tudo aquilo que se põe a sua frente, neste caso a terra. O deus morto segue cavando pelas profundezas, chegando cada vez mais fundo na imensidão infinita do plano, à medida que desce, as vísceras negras, o pus e o chorume corrompem a terra e rocha, por onde os vermes. se espalham e se devoram, emergindo pesadelos cada vez mais poderosos.

Relações


 

Inimizades/Alianças

Em vida, Sovarog foi um deus que se tornou recluso e, em sua solidão, cedeu a uma gula insana, fosse por fome ou poder. Nesse período ele conquistou a inimizade de todos os deuses existentes, apesar de alguns hoje em dia já verem mais seu ato hediondo como algo tão nefasto, o que não é o caso das deidades dos planos superiores ou que prezam por qualquer tipo de ordem ou bondade. Entre os inimigos jurados pela eternidade à carcaça, estão Asmodan, Hoffe, Chantrea, Primus, Hebbame e Messorem, por exemplo, sendo todos que vivem vítimas da fome.

Organizações

O Culto da Fome: O Culto da Fome é composto por indivíduos loucos o suficiente para encontrem em seu âmago e sentimento mais irracional possível uma verdade cega e incerta, para que para eles é o único caminho. O culto preza por seguir à risca os dogmas de Sovarog, os quais morreram com ele, mas se mantiveram deturpados pelos eons das gerações, sendo eles a simples filosofia de que a fome é a única verdade e que, quando finalmente todos admitirem isso, poderão então, saciar-se.

Sovarog

Deus Morto
Fome
Caótico e Mau

Títulos
A Fome
A Carcaça Errante
O Colosso Pútrido
O Ventre Demoníaco
A Verdade Inconstável

Plano de Domínio
Abismo
Children

Índice


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