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Nora e Selune

As Portadoras do Espelho.

Nora e Selune, também conhecidas como Irmãs Lua, Luas Gêmeas e Portadoras do Espelho, são duas deusas apoteóticas do Panteão Ceriano. Da 1E até a 3E, regiam, juntas, Os Nomes da ordem, da clareza, das buscas, da chance e das navegações (Nora), e também dos segredos, dos mistérios, do oculto e do etéreo (Selune). Quando, nos Anos do Caos, ainda não haviam sido divididas em duas entidades, as Luas também controlavam os aspectos do destino, da pureza, da infinitude e da morte. Dentre as coisas associadas às Irmãs Luas, estão a motivação de Calisto, a divinação, as forças misteriosas que regem os ciclos reprodutivos, os surtos de loucura e lapsos de sobriedade mental, o dever sem explicação e a bênção misericordiosa que faz com que licantropos só se transformem em um Grande Lunar.   Em algumas culturas lerionenses, elas também são conhecidas como Tece-Luas, ou Sehahine naqueles que ainda cultuam o tempo em que eram uma só entidade. Os Nomes Nora e Selune são divididos com as duas luas que estão no céu de Centúria, e apesar delas estarem sob seu domínio, não são, de fato, representações físicas das deusas. Não se sabe se elas foram nomeadas a partir das luas ou vice-versa. Ainda assim, muitos mortais consideram as luas como as próprias deusas. Na Interferência Divina, Nora e Selune lideraram o círculo dos Esclarecidos.  

Descrição

  Como as fases da lua, Nora e Selune apareceram na história centuriana com diversas aparências, em distintas fases da maturidade mortal. A única característica constante entre os respectivos Aspectos e Avatares das deusas é que carregam uma característica de sua aparência real: Nora tem olhos dourados e cabelos negros; Selune tem olhos azuis e cabelos brancos. Sempre se manifestaram por meio do gênero feminino. Em qualquer forma que assumam, as deusas emitem um suave brilho dourado ou azulado quando estão no escuro.  

Personalidade

  Sabe-se que Nora mostrou-se engajada nos assuntos mortais desde cedo na 1E, interessada na manutenção da Ordem e na proteção dos mortais. Por sua iniciativa, diversos heróis embarcaram em jornadas épicas, a mais famosa sendo a célebre Imperadora Santa, Coralie Astrea, que encerrou a Crise das Almas. Ela parece áustera e imponente, radiante, e as pessoas tem a sensação de que podem conseguir com ela as orientações que buscam¹. Nora também era uma guerreira poderosa e duelou pessoalmente contra Soile durante a Interferência Divina, contra a recomendação de seus aliados do Panteão Ceriano.   Selune, que costuma se apresentar ora como uma criança, ora como uma senhora idosa, é famosa por sua imprevisibilidade. Sua forma real, supostamente, é a de uma criança de seis ou oito anos. Ela entende as pessoas com facilidade e apesar de portar-se com inocência, tem uma intuição extremamente aguçada. Quando na forma mais velha, é dito que costuma completar o que as pessoas vão falar, por diversão², como se tivesse lido o "roteiro do mundo".  

Habilidades

  É acreditado que o brilho das luas durante a noite freia o mal, da mesma maneira como evita a escuridão total. Através de sua influência divina, as Irmãs fazem com que a lua sempre possa ser vista por pelo menos um instante no céu noturno, para os corações inquietos serem confortados e para os perdidos encontrarem um caminho. Além disso, segundo uma versão lerionense para as origens da licantropia, Selune teria "espelhado" a maldição para que ela se tornasse seu inverso: ao invés de serem transformados todos os dias com exceção da lua cheia, seriam humanos diariamente, e se transformariam apenas na lua cheia. Por essa "bênção", a licantropia é referido eufemisticamente como "Beijo de Selune".   Nos tempos dos Estelares, é acreditado que Nora e Selune, ainda uma só pessoa, fossem das fileiras de proto-elfos que deram origem aos Elfos do Sol Ausente, quase completamente extintos por uma interferência extraplanar. Elas poderiam ter sido convidadas para o Concílio de Nuncavisto, mas teriam rejeitado o convite, senão não teriam se tornado deusas. Nos Anos do Caos, foram as primeiras a conceber a ideia da Morte, espontaneamente ascendendo ao divino na ocasião. Daí se dá o Conto da Mulher Pálida, segundo o qual a Mãe dos Corvos dividiu a entidade nas Irmãs Lua. Possuem, portanto, grande afinidade com os ritos da morte e do destino, mesmo presentemente.   Avatares de Nora e Selune costumavam navegar os Planos Imediatos (que compunham os planos imediatamente ligados ao Plano Material, mas não os Externos) em busca de conhecimento e/ou artefatos que ajudassem em seus objetivos. As deusas só manifestaram um Aspecto uma vez no Plano Material, durante a 2E, para guiar os luperinos pelas Trincheiras da Umbra.   Nora é definitivamente uma combatente muito poderosa, ainda que não pudesse ganhar de deuses diretamente associados a aspectos marciais. Ela também tem o poder de usar magias avançadas, até o décimo nível. Além disso, possuía incríveis poderes curativos e afinidade elemental com a água. É capaz de refletir qualquer golpe desferido contra ela de volta ao seu adversário, apesar das condições para fazê-lo serem desconhecidas.   Selune é uma arcanista que pode lançar feitiços de até décimo terceiro nível, além de ser virtualmente invulnerável a qualquer tipo de dano. Um segredo para burlar isso teria sido supostamene descoberto na Interferência Divina por Vecna. Ela é uma das três entidades de Ilienel que conhecem o segredo da Alma Negra. além disso, crianças nascidas em uma dia em que Selune está cheia possuem mais afinidade com a magia, pela relação de Selune com Mistra. Não é uma combatente, entretanto, com o poder de intuir sentimentos e pensamentos, torna-se mais perigosa por sua sagacidade e habilidade em revelar ou ocultar a verdade.   Como deusas, podem mudar de aparência à vontade. Além disso, como criaturas divinas de Segundo Grau (alcançaram divindade após o conceito de Fé), ambas se beneficiam de preces e cultuamento ao seu nome. Preces na luz da lua, em especial, são muito eficientes em fortalecê-las. É dito que rezar para as deusas é como olhar para dentro de si.  

História recente

  Na 1E, quando os deuses preferiam não interferir no Plano Material diretamente, as Irmãs Lua guiaram Coralie Astrea e muitos outros para uma maior organização do mundo conhecido, de maneira a encerrar os incessantes conflitos mortais que se desdobravam desde os Anos do Caos. Ainda na 1E, Nora e Selune lutaram por mais de cem anos, ao lado de Cartos, Senhor dos Rituais e Sarenrae, a Sempre-luminosa, contra uma entidade extraplanar de origem e objetivo desconhecidos.   Na 2E, Selune pessoalmente infundiu as Raízes do Mundo com um feitiço de permutação conceitual, fazendo com que os sentidos dos nomes mudassem infinitamente em diversas metáforas possíveis, para que não pudessem ser simplificados e tomados por alguma entidade extraplanar que não compreendesse o conceito dos Nomes. Na passagem para a 3E, Nora e Selune ambas foram ativas nos esforços para frear a Segunda Divergência, não obtendo o sucesso desejado.   Mais recentemente, na 3E, Nora e Selune foram ativas na Interferência Divina, liderando o grupo de Deuses Apoteóticos que ficaram conhecidos como Os Esclarecidos. As Irmãs Lua sentiram fortemente a ida de alguns membros do Panteão Ceriano para o grupo que passou a ser chamado de Fomorianos, especialmente Irina do Halo Oculto e Ishtar, Deusa da Dualidade. Nora foi a responsável pelo golpe final em Elipse, Lorde das Sombras, enquanto Cartus, Senhor dos Rituais enfraqueceu Selune usurpando alguns de seus aspectos. Ao fim do conflito, as Irmãs Lua participaram da criação do Portão Divino.   Em 230 da 3E, Selune, enfraquecida, esteve em condições de ter um ou mais de seus Aspectos contestados por uma Oblex Anciã em posse de alguns artefatos apoteóticos de Cartus. Foi a primeira vez que uma divindade foi contestada após a criação do Portão Divino. Selune foi ancorada em pessoa no Plano Material, extremamente enfraquecida, e sem acesso à maioria de seus poderes divinos, até que a contestação se efetuasse (ou não). Ela manipulou eventos e coincidências para encontrar Isaac Astrea, cujo "destino" era escoltá-la até a Garganta do Mundo.
Títulos
Portadoras do Espelho
As Guias
Senhoras Pálidas
Brilho da Noite
Irmãs Lua
Luas Gêmeas
Primeira Apoteósis:
Anos do Caos (Raiar da 1E)
Crenças Associadas
Fé Luari; Culto de Yuria
Panteão
Panteão Ceriano (Esclarecidos)
Alinhamento
Leal e Bom/Caótico e Bom
Símbolo
Duas luas que se entrelaçam, com dois rostos espelhados
Manifestações
Corujas
Véu de Nydra (Avatar)
Arcoluna (Avatar)
Classificação Divina
Deusa Apoteótica (Segundo Grau)
Igreja/Culto
Children

As Luas em Centúria

  Apesar das luas não serem as deusas propriamente ditas, elas estão intimamente ligadas às Irmãs do Espelho. O Dia do Culto dessas Divindades é o Grande Lunar, ocorrência em que as duas luas estão cheias e nenhuma das duas eclipsa a outra, evento que ocorre pelo menos quatro vezes ao ano. Nora é a maior das duas luas, quatro vezes maior que Selune, e com brilho amarelado. Selune, a menor, tem brilho azulado. Elas estão sempre juntas.  

Bosque de Nora

  É dito que quando Selune foi ferida na 1E, Nora lamentou por cem noites, sem conseguir conter seu choro. Suas lágrimas regaram uma porção das Terras Alessianas, já no fim da Bacia do Grinais, dando origem a um bosque de carvalhos prateados que perdura até os dias atuais. Essas folhas de prata impressionam viajantes de toda a parte do continente, e a madeira em si pode ser usada para criar Calcário-lunar, por meio de um ritual sagrado para os Luari tradicionais.  

Os Luari

  Nem mesmo os Luari sabem quando foi que a crença o culto específico às Irmãs Lua começou, mas ele foi determinante para a unificação dos povos mortais no centro do continente, que eram Humanos e/ou descendentes dos Elfos de Ernas. Os Luari possuem ritos detalhados tanto para Nora quanto para Selune, que veneram não só com a fé, mas com um estilo de vida.  

Coralie Astrea

  A Santa Imperadora de Ceres, primeira de uma linhagem quase milenar, era a Campeã das Irmãs Lua. Ela é uma figura lendária, seja do ponto de vista político, militar ou religioso. No dia a dia dos alessianos, preces e ditados em nome da Santa Coralie são proferidos com frequência como maneira de, também, conversar com as Irmãs Lua.  

Oráculos da Lua

  No final da 1E, a Ordem da Lua Pálida, anteriormente conhecida como Pacto da Lua de Prata, passou a rondar o continente em busca de indivíduos abençoados pelo poder divinatório das Irmãs Lua. Elas traziam esses indivíduos para Aléssia, onde estudavam e eram preparados para seguir um caminho sagrado e quase messiânico. Posteriormente, os Oráculos passaram a ser acompanhadas por Cavaleiros de Morne do Culto de Yuria.

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